Ela é uma cantora britânica com uma rica linhagem musical:
mãe cellista, um pai violinista, um irmão cantor de ópera, outro compositor de
trilha sonora e sua avó vibrante com 88 anos, que sobreviveu a campos nazistas
como membro da Orquestra Feminina de Auschwitz. Ele é um renomado tecladista
internacional, nascido em Paris de pais americanos, sua mãe uma cantora de
ópera, seu avô um pianista de jazz. Coerente com sua linhagem, ele tem
excelência nos campos da música erudita e do jazz, como a sua celebrada Goldberg Variations/Variations ,bem como
seu trabalho como um dos pianistas de Lee Konitz. Assim é apenas surpreendente
quando Joanna Wallfisch e Dan Tepfer juntam forças, os resultados são sublimes.
A inclinação clássica de Wallfisch tende a definir suas leituras,
uma qualidade quase barroca permeia várias faixas. Porém, Tepfer, exercendo
completamente sua destreza, alterna entre o piano, Wurlitzer e Mellotron, prova ser um acompanhante ideal, suavemente
encorajando a exploração dela nas graduações do folk e jazz.
Duas das faixas foram compostas por Wallfisch. Da viva “This
Is How You Make Me Feel” com Tepfer alegremente dançando e rodopiando, o
carrossel em turbilhão e pirado de “Brighton Beach”, a afiada na loucura “Satin
Grey” e a densamente disposta “Time Doesn’t Play Fair”, todas são soberbamente
apresentadas. As quatro interpretações em duo são igualmente envolventes, estendendo-se
do inocente tratamento de “Song to the Siren” deTim Buckley e uma interpretação
agitada soul de “Creep” do Radiohead, a uma divina “Wild Is the Wind” e uma trêmula
“Never Let Me Go”. Trabalho impetuoso, “Adjustable Things” merece íntimas e
repetidas audições.
Faixas: This Is How You Make Me Feel; Satin Grey; Satellite;
Song to a Siren; Creep; Time Doesn't Play Fair; Anonymous Journeys; Brighton
Beach; The Origin of Adjustable Things; Wild Is the Wind; Rational Though;
Never Let Me Go.
Músicos: Joanna Wallfisch: vocal, piano; Dan Tepfer: piano, mellotron, wurlitzer, órgão.
Para conhecer um pouco deste trabalho, assistam ao vídeo
abaixo:
Fonte: Christopher Loudon (JazzTimes)
Nenhum comentário:
Postar um comentário