
O cristalino soprano de Pancaldi é um degrau ou dois a mais
aquecidos do que Gambarini, seus instintos interpretativos afiados e sua
modulação exemplar. Como muitos vocalistas para quem a primeira língua não é o
inglês, encontrar o coração emocional e a alma dos standards pode ser desafiador. Embora o sotaque de Pancaldi esteja
claro e aconchegantemente discernível, nada está perdido na versão (ainda que Lerner
e os truques de Loewe “absoluto-florescente-luto” em “Wouldn’t It Be Loverly” faz
administrar o discurso dela).
O trio de fixo de Chestnut opta, ao longo do trabalho, por
uma elegância suavizada. Embora, cada instrumentista contribua com diversos
solos virtuosos, particularmente na fulgurante “Get Out of Town”, Pancaldi permanece
o foco central. E se suavemente desdobra uma sensual “Show Me”, desatrelando
uma apaixonada “Wild Is the Wind” ou cuidando da charmosa faixa título,
composta por Carolyn Leigh-Cy Coleman, ela nunca falha em excitar e
impressionar.
Faixas
1 Wouldn't It Be Loverly (Frederick Loewe) 4:26
2 Show Me (Frederick Loewe) 4:51
3 Wild is the Wind (Dimitri Tiomkin / Ned Washington)
5:50
4 Crazy He Calls Me (Carl Sigman) 5:02
5 I Walk a Little Faster (C. Coleman / C. Leigh) 6:03
6 I Cried For You (A. Lyman) 3:33
7 Don't Be On the Outside (M. Watts / Sidney Wyche) 4:04
8 Get Out of Town (Cole Porter) 5:28
9 A Flower is a Lovesomething (Billy Strayhorn) 5:58
Para conhecer um pouco deste trabalho assistam ao vídeo
abaixo:
Fonte: Christopher Loudon (JazzTimes)
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