Uma história de pedal
steel guitar no jazz não daria mais que um livro. Basicamente, ninguém ao
lado de Buddy Emmons, Speedy West e um punhado de outros tem tocado qualquer
coisa remotamente jazzística no instrumento. Talvez por causa do seu timbre que
é metálico, sendo assim associado com a música country. Dentro de qualquer coisa que causa estranheza para o que
nós usualmente consideramos jazz, deve ter ocorrido algo a fazer pelo
saxofonista tenor Chris Cheek, que escolheu contratar o instrumentista espanhol
de pedal steel, David Soler, para seu
novo quinteto. É um arrojado movimento que funciona com charme.
Reconhecidamente, as coisas soam um pouco excêntricas quando
Soler primeiro precipita-se na abertura de “Saturday Songs”, “String Finger”, mas
você pode culpar o condicionamento cultural para boa parte desta reação. Antes
extensos, todos estes plangentes glissandos ajustam-se finamente. Ajuda a Cheek
que compôs um grupo de estilosas melodias em ziguezague, como “Ginger
Something” e “Bucky’s Blues”, que são frequentemente reminiscentes de Steely
Dan- uma banda aficionada por mudanças no jazz e pedal steel- mas a verdade seja dita, a flexibilidade fornecida por
Soler em “Forever Green” de Antônio Carlos Jobim, também, executando
encrespadamente o mesmo papel que o órgão Hammond
faria.
As perspectivas abertas sugeridas por Soler trazem o lado
reflexivo de Cheek, enquanto o guitarrista Steve Cárdenas e o baixista Jaume
Llombart mantem o balanço permeando ao lado do baterista Jorge Rossy, que atua,
também, no vibrafone e marimba. O mais recente trabalho criativo do trabalho
das baquetas é ouvido para melhor efeito na sonoridade exótica da faixa título,
que emprega um tema com escala de nove notas Mode 3 de Olivier Messiaen, provavelmente tocado pela primeira vez
por uma pedal steel.
Faixas: String Finger; Ginger Something; Eye Factory;
Buckey's Blues; Either Way; Slow Ship; Saturday Song; Alhambros; Forever Green;
Strawberry Jam; While You Slept; Windmill Hill.
Músicos: Chris Cheek: saxofone tenor; Steve Cárdenas:
guitarra; David Soler: pedal steel;
Jaume Llombard: baixo; Jorge Rossy: bateria, vibrafone, marimba.
Para conhecer um pouco deste trabalho, assistam ao vídeo
abaixo:
Fonte: Mac Randall (JazzTimes)
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