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terça-feira, 25 de julho de 2017

DOUG WEBB – TRIPLE PLAY (Posi-Tone Records)



O saxofone tenor reúne-se no ”vício”. Porque não mais gravados deste jeito? A posição de três poderosos tenores através de um sistema estéreo sonoro no palco, à esquerda (Walt Weiskopf), centro (Doug Webb), direita (Joel Frahm). Recrutaram um organista destemido (Brian Charette) e um tempestuoso baterista (Rudy Royston). Quando, então, todos rompem a barreira da liberdade e correm para interpretar.

Para estes instrumentistas que têm significantes reputações no mundo do jazz dentro da área mais vigorosa do planeta, Nova York. Webb dispendeu a maioria da sua vida profissional em estúdios de Los Angeles, mas ele é um peso-pesado. Se não fosse, ficando entre Weiskopf e Frahm, ele seria esmagado.

O grande movimento é como estes rapazes mantêm-se no topo. “Triple Play” não é uma sessão cortante, mas quem quer que sole primeiro arremessa um desafio, e os outros dois têm    que transbordar para se manter no jogo. Quase todas as gravações de jazz realizam alguma tentativa de “regular”. Não neste. Não há baladas aqui. A primeira das quatro faixas é rápida, então vem “Avalon”, que é absurda. Webb segue primeiro, como um trem bala, nunca completamente inclinado para fora dos trilhos. Weiskopf e Frahm vêm como um foguete atrás dele, queimando adrenalina.

Os três falam a mesma moderna linguagem do tenor tradicional, mas com distintas pronúncias. Webb está claro e estridente. Weiskopf está gutural e afiado. Frahm tem a mais ampla extensão, do áspero ao agudo.

Por todos os trunfos lançados pelos instrumentos, “Triple Play” é mais que uma sessão de sopros. As músicas são organizadas para explorar o potencial especial do som do grupo dos três tenores. Em um arranjo de Randy Aldcroft, três saxes passeiam em torno de peças como “I Concentrate on You” (mais rápido que o normal, claro), então juntam-se em surpreendente e levemente anasalada harmonia em três partes.

Charette mais do que mantém sua própria rapidez. Se o jazz tiver a eleição para o “melhor solo de órgão do ano”, sua agressiva e sibilante erupção em “Alligator Bogaloo” obteria meu voto.

Faixas: Jones; Three's A Crowd; Giant Steps; The Way Things Are; Avalon; Jazz Car; Your Place Or Mine; I Concentrate On You; Pail Blues; Alligator Boogaloo; Triple Play.

Músicos: Doug Webb: sax tenor; Walt Weiskopf: sax tenor; Joel Frahm: sax tenor; Brian Charette: órgão; Rudy Royston: bateria.

Para conhecer um pouco deste trabalho, assistam ao vídeo abaixo:

 
Fonte: Thomas Conrad (JazzTimes)

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