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domingo, 2 de julho de 2017

GIACOMO GATES – EVERYTHING IS COOL (Savant Records)



Giacomo Gates tem quase quarenta anos em que alguém sugeriu que ele tentasse cantar. Afortunadamente, para nós, Gates pensou que era uma boa ideia e, posteriormente, mudou para Nova York City (1989) e começou a cantar em clubes. Seis anos depois, Gates gravou seu primeiro CD, “Blue Skies”, e “Everything Is Cool” é o oitavo. Simplesmente, na cena atual, ninguém canta tanto quanto Gates e isto é um elogio. Ele tem uma habilidade para encontrar esplêndidas canções de anos passados e ampliar sua inerente inteligência e charme, deste modo apresentando-as a uma nova geração de ouvintes cujo gosto, certamente, tem sido comprometido pela banalidade dos atuais ritmos e letras repetitivos.

Em outras palavras, Gates não canta baixo para uma audiência, mas eleva seu nível de acuidade e eloquência. Se ele tem algum receio sobre isto, ele rapidamente é suprimido no número de abertura, conforme Gates afirma em "Everything Is Cool". Letra maravilhosa de Babs Gonzales, que também escreveu a inteligente "When Lovers They Lose" e "Here Today and Gone Tomorrow". "If I Were You, Baby, I'd Love Me" de Timmie Rodgers é outro clássico, um perfeito antídoto para a melancólica "I Can't Get Started". Para angústia, Gates desfibra a sardônica "All Alone" de Lenny Bruce para desviar o rumo para a futilidade divertida de "Please Don't Bug Me" de Frank Rosolino.

Todas as coisas estão em um plano similarmente elevado e insinuante, de "Hazel's Hips" de Oscar Brown Jr. a "Almost Blue" de Elvis Costello e "Social Call" de Gigi Gryce (letra de Jon Hendricks). As (relativamente) mais familiares incluem "Take Five" de Paul Desmond e "Well You Needn'" de Thelonious Monk. Gates, também, tem seus momentos, cantando e fazendo scat em sua divertida e assentada composição, "Who Threw the Glue". Gates está no passo perfeito em cada uma, com estão seus despachados companheiros, que são mestre no suporte a Gates e preenchendo os espaços entre as letras. Alguém poderia desejar por mais parceiros adequados que o tenorista Grant Stewart (fora da escola do suingue despreocupado de Lester Young / Paul Quinichette), o guitarrista Tony Lombardozzi ou o pianista John di Martino. Graças às habilidades deles, Gate, por um momento, não precisa se preocupar com o seu suporte.

Como para seus ouvintes, eles não necessitam se preocupar por um momento que qualquer canção Gates escolhe para cantar é menos que talentoso e sedutor, ou que este seu jeito de dizer na canção é menos que saboroso e perceptivo. Do início ao fim, um dos mais deliciosos e persuasivos álbuns vocais em qualquer tempo.

Faixas: Everything Is Cool; If I Were You, Baby, I’d Love Me; When Lovers They Lose; Social Call; Hazel’s Hips; Almost Blue; Take Five; Who Threw the Glue?; Here Today and Gone Tomorrow; Please Don’t Bug Me; All Alone; Well You Needn’t / It’s Over Now.

Músicos: Giacomo Gates: vocal; Grant Stewart: saxofone tenor; John Di Martino: piano; Tony Lombardozzi: guitarra; Ed Howard: baixo; Willard Dyson: bateria.

Fonte: Jack Bowers (AllAboutJazz)

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