Músicos que prosperam no império da livre improvisação
necessitam ser flexíveis, parando e redirecionando seus caminhos como uma performance
chamada para ele. Embora a possibilidade exista para estender-se e expandir-se durante
solos, a maioria dos músicos cuidadosos pode fazer um ponto sucintamente tão
bem. O nome Open Loose não descreve a
música de Mark Helias tanto mais quanto compendia o que o seu trio traz. Em
suas notas para “The Signal Make”, o baixista diz, “Os mais interessantes
desenvolvimentos vêm quando nós nos mantemos realmente confortáveis com a
música e nós começamos alterando um caminho criativo”. Este nível de bem-estar
que só vem quando a banda tem a chance para crescer, como este grupo cabem
exatamente nas composições de Helias neste álbum.
Open Loose é
composto pelo baterista Tom Rainey e pelo saxofonista tenor/soprano Tony
Malaby. As únicas faixas nesta dúzia saída do forno que vai além da marca dos
seis minutos são três composições do grupo. O restante, todas compostas por Helias,
são surpreendentemente acessíveis. “Largesse” parece uma balada, com uma linha
lânguida do tenor que é respondida com comentário reservado da bateria e do
baixo. Justo quando se fosse a abertura de um extenso solo, ela finda, ainda
assim o sentimento é de completude.
Emoções variam ao longo do trabalho. Em “Motoric”, Rainey toca
no topo do trio, soando agressivo, mas não bombástico e inspirando algum
vociferante vibrato no tenor. Malaby toca “Vocalise” com um uso mais romântico
do vibrato, mas após um pequeno e leve solo de baixo, Helias passa do humor
amoroso através de algo mais agitado. É verdade que na forma, nada vai
suavemente na melhor maneira possível.
Faixas: The Signal Maker; Ca Vous Gene; Largesse;Post Post;
Vocalise; Soliloquy; End Point; Brothers; Fast Feast; Motoric; Temoine; You'll
Never Guess; Initialize.
Músicos: Mark Helias: baixo; Tony Malaby: saxofone; Tom
Rainey: bateria.
Fonte: Mike Shanley (JazzTimes)
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