“Superconductor”, o oitavo álbum de Seamus Blake como líder,
encontra o saxofonista/compositor servindo diversas declarações da sua
considerável inspiração. O álbum mistura três músicas orquestrais, apresentando
oito peças com ricos arranjos de Guillermo Klein e o maestro Vickie Yang, com
seis faixas conduzidas por teclados eletrônicos e possibilidades sônicas do EWI
(instrumento de sopro eletrônico).
“Sofa Song”, o primeiro número orquestral do álbum, é tão
macio quanto seu homônimo mobiliário, o saxofone tenor de Blake flutua deslumbrantemente
no topo dos instrumentos de sopro e cordas agitadas. “Gracia” ostenta sensível soprano
de Blake, ritmicamente conciso toque da bateria de Nate Smith, e solos dinamicamente
restritos do guitarrista John Scofield e do pianista Gonzalo Rubalcaba. A
contribuição da composição de Yang, “Last Continent”, margeia a melancolia,
quase proibindo chuva melódica; o soprano de Blake é calibrado para cada desvio
da jornada emocional, resultando em seu mais puramente emocionante toque na
gravação.
As músicas eletrônicas oferecem aos ouvintes uma espécie de
diferentes viagens avançadas. “Ohm” encontra Blake tecendo frases jubilosas no
EWI sobre as bem construídas linhas funkeadas do baixo elétrico de Matt
Garrison, dando passagem para esguichos tremeluzentes, à la anos 80, do
tecladista Scott Kinsey. Em “Forecast”, as notas simples, rápidas e fluídas de Scofield
impulsionam e solidificam-se com o tenor e o EWI de Blake, enquanto “Send in
the Clones” é energeticamente extravagante: Kinsey apimenta figuras
desconcertantes e com surpreendentes efeitos sampleados, Garrison desliza como
uma aranha e Smith lança bombas titânicas da sua bateria. Poucas faixas
apresentam o vocal processado de Blake, mais notavelmente no encerramento do
álbum “I Do”, uma poderosa exibição para uma empática conversação para o solo
de Scofield, a sonhadoramente vagueante “Kepler-186f”, onde distorções ecoam
impressionantemente e transforma a voz do saxofonista em um segundo EWI.
Alguém pode imaginar que alguns ouvintes pulando as faixas
eletrônicas pode ficar com a s faixas orquestrais, e vice-versa. Felizmente, em
nenhum material que você sintonize seus ouvidos, “Superconductor” de Blake apresenta
algo elétrico.
Faixas
1 Ohm 7:30
2 Sofa Song 6:32
3 Forecast 9:04
4 Last Continent 7:01
5 Send in the Clones 8:49
6 Kepler-186f 5:43
7 Gracia 7:34
8 Entheogen 5:36
9 I Do 5:57
Músicos: Seamus Blake – saxofone; Rachel Fastenow –
flauta; Douglas Yates – clarinete;
Rob Mosher – corne inglês /clarinete; John Ellis –
clarinete baixo; Marshall Gilkes – trombone;
Tom Chiu – violino; Stephanie Griffin – viola; Felix Fan
– cello; Gonzalo Rubalcaba – piano;
Matt Clohesy – baixo; Nate Smith – bateria.
Para conhecer um pouco deste trabalho, assistam ao vídeo
abaixo:
Fonte: Matt R. Lohr (JazzTimes)
Nenhum comentário:
Postar um comentário