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sexta-feira, 14 de julho de 2017

SEAMUS BLAKE – SUPERCONDUCTOR



“Superconductor”, o oitavo álbum de Seamus Blake como líder, encontra o saxofonista/compositor servindo diversas declarações da sua considerável inspiração. O álbum mistura três músicas orquestrais, apresentando oito peças com ricos arranjos de Guillermo Klein e o maestro Vickie Yang, com seis faixas conduzidas por teclados eletrônicos e possibilidades sônicas do EWI (instrumento de sopro eletrônico).

“Sofa Song”, o primeiro número orquestral do álbum, é tão macio quanto seu homônimo mobiliário, o saxofone tenor de Blake flutua deslumbrantemente no topo dos instrumentos de sopro e cordas agitadas. “Gracia” ostenta sensível soprano de Blake, ritmicamente conciso toque da bateria de Nate Smith, e solos dinamicamente restritos do guitarrista John Scofield e do pianista Gonzalo Rubalcaba. A contribuição da composição de Yang, “Last Continent”, margeia a melancolia, quase proibindo chuva melódica; o soprano de Blake é calibrado para cada desvio da jornada emocional, resultando em seu mais puramente emocionante toque na gravação.

As músicas eletrônicas oferecem aos ouvintes uma espécie de diferentes viagens avançadas. “Ohm” encontra Blake tecendo frases jubilosas no EWI sobre as bem construídas linhas funkeadas do baixo elétrico de Matt Garrison, dando passagem para esguichos tremeluzentes, à la anos 80, do tecladista Scott Kinsey. Em “Forecast”, as notas simples, rápidas e fluídas de Scofield impulsionam e solidificam-se com o tenor e o EWI de Blake, enquanto “Send in the Clones” é energeticamente extravagante: Kinsey apimenta figuras desconcertantes e com surpreendentes efeitos sampleados, Garrison desliza como uma aranha e Smith lança bombas titânicas da sua bateria. Poucas faixas apresentam o vocal processado de Blake, mais notavelmente no encerramento do álbum “I Do”, uma poderosa exibição para uma empática conversação para o solo de Scofield, a sonhadoramente vagueante “Kepler-186f”, onde distorções ecoam impressionantemente e transforma a voz do saxofonista em um segundo EWI.

Alguém pode imaginar que alguns ouvintes pulando as faixas eletrônicas pode ficar com a s faixas orquestrais, e vice-versa. Felizmente, em nenhum material que você sintonize seus ouvidos, “Superconductor” de Blake apresenta algo elétrico.


    Faixas 

1 Ohm  7:30      
2 Sofa Song 6:32             
3 Forecast 9:04                
4 Last Continent 7:01    
5 Send in the Clones 8:49
6 Kepler-186f 5:43         
7 Gracia 7:34    
8 Entheogen 5:36           
9 I Do 5:57
  

Músicos: Seamus Blake – saxofone; Rachel Fastenow – flauta; Douglas Yates – clarinete;
Rob Mosher – corne inglês /clarinete; John Ellis – clarinete baixo; Marshall Gilkes – trombone;
Tom Chiu – violino; Stephanie Griffin – viola; Felix Fan – cello; Gonzalo Rubalcaba – piano;
Matt Clohesy – baixo; Nate Smith – bateria.

Para conhecer um pouco deste trabalho, assistam ao vídeo abaixo:

 
Fonte: Matt R. Lohr (JazzTimes)

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