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quinta-feira, 27 de julho de 2017

SPIN MARVEL – INFOLDING (RareNoiseRecords)



O selo RareNoise, sediado em Londres, fundado em 2008 , veio a ser uma importante fonte para projetos singulares combinando arte (jazz) com ciência (tecnologia eletrônica). “ANIMATION’s Transparent Heart” e “Indigo Mist’s That the Days Go By and Never Come Again” (liderados por Bob Belden e Cuong Vu, respectivamente) são exemplos. Abarcando este terceiro álbum (o primeiro no RareNoise) de Spin Marvel. Eles são Martin France (bateria), Tim Harries (baixo), Terje Evensen (eletrônica) e Nils Petter Molvær (trompete). Eles promovem uma ebuliente, impactante, agressiva, frenética, ampla paisagem sonora que intermitentemente compreende o silêncio.

Spin Marvel menciona música ambiente, rock e eletrônica, sempre filtrando através da sensibilidade do jazz. Evensen, qualquer indicador ele retorce, qualquer assovio ou guincho ele produz, qualquer muro sonoro ele ergue, sempre soando como se estivesse improvisando. No núcleo está France, uma ferocidade engenhosa na bateria. A despeito da sua capacidade para devastar, Spin Marvel é também nuançado e etéreo. Em “Tuesday’s Blues”, as linhas desoladas do trompete de Molvær emergem solitárias de ambíguas inspirações do baixo de Harries e das escovinhas de France, então ecoa para longe. A maioria das canções contêm violência e quietude. “Leap Second” inicia com oscilações frequentes de Molvær, pairando em longos descensos. Após nove minutos, France decide impelir a canção para dentro. O excitamento é visceral.

Esta é uma música desafiante. Tem seu próprio absurdo. Algumas músicas contêm interlúdios estáticos que testa a paciência do ouvinte. Porém, “Infolding” soa real porque todos as tomadas são ao vivo, gravado em quatro horas de sessões sem qualquer edição ou duplicação. O álbum concluído foi submetido a uma pós-produção conduzida por Emre Ramazanoglu, descrito em notas para a imprensa com um “ requisitado produtor/programador/engenheiro/artista remixador”. A intensidade dinâmica aqui, a vívida discriminação entre a construção dos blocos auriculares com as cores chocantes deles e texturas deve ser a contribuição de Ramazanoglu.

Faixas: Canonical; Tuesday's Blues; Two Hill Town; Leap Second; Same Hand Swiss Double Pug; Minus Two.

Músicos: Nils Petter Molvaer: trompete; Martin France: bateria; Terje Evensen: eletrônica; Tim Harries: baixo; Emre Ramazanoglu: bateria (6).

Fonte: Thomas Conrad (JazzTimes)

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