O selo RareNoise, sediado
em Londres, fundado em 2008 , veio a ser uma importante fonte para projetos
singulares combinando arte (jazz) com ciência (tecnologia eletrônica). “ANIMATION’s
Transparent Heart” e “Indigo Mist’s That the Days Go By and Never Come Again” (liderados
por Bob Belden e Cuong Vu, respectivamente) são exemplos. Abarcando este
terceiro álbum (o primeiro no RareNoise)
de Spin Marvel. Eles são Martin France (bateria), Tim Harries (baixo), Terje
Evensen (eletrônica) e Nils Petter Molvær (trompete). Eles promovem uma
ebuliente, impactante, agressiva, frenética, ampla paisagem sonora que
intermitentemente compreende o silêncio.
Spin Marvel menciona
música ambiente, rock e eletrônica, sempre filtrando através da sensibilidade
do jazz. Evensen, qualquer indicador ele retorce, qualquer assovio ou guincho
ele produz, qualquer muro sonoro ele ergue, sempre soando como se estivesse
improvisando. No núcleo está France, uma ferocidade engenhosa na bateria. A despeito
da sua capacidade para devastar, Spin
Marvel é também nuançado e etéreo. Em “Tuesday’s Blues”, as linhas
desoladas do trompete de Molvær emergem solitárias de ambíguas inspirações do
baixo de Harries e das escovinhas de France, então ecoa para longe. A maioria
das canções contêm violência e quietude. “Leap Second” inicia com oscilações
frequentes de Molvær, pairando em longos descensos. Após nove minutos, France
decide impelir a canção para dentro. O excitamento é visceral.
Esta é uma música desafiante. Tem seu próprio absurdo. Algumas
músicas contêm interlúdios estáticos que testa a paciência do ouvinte. Porém, “Infolding”
soa real porque todos as tomadas são ao vivo, gravado em quatro horas de
sessões sem qualquer edição ou duplicação. O álbum concluído foi submetido a
uma pós-produção conduzida por Emre Ramazanoglu, descrito em notas para a
imprensa com um “ requisitado produtor/programador/engenheiro/artista remixador”.
A intensidade dinâmica aqui, a vívida discriminação entre a construção dos blocos
auriculares com as cores chocantes deles e texturas deve ser a contribuição de Ramazanoglu.
Faixas: Canonical; Tuesday's Blues; Two Hill Town; Leap
Second; Same Hand Swiss Double Pug; Minus Two.
Músicos: Nils Petter Molvaer: trompete; Martin France: bateria;
Terje Evensen: eletrônica; Tim Harries: baixo; Emre Ramazanoglu: bateria (6).
Fonte: Thomas Conrad (JazzTimes)
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