
A voz de Murphy
é débil, mas penetrante, evocando, em equiparação, os maduros Michael Franks ou
Kenny Rankin, similarmente vocalistas com toques suaves, cuja sensibilidade Murphy
também compartilha. Em tais exibições vocais, como a torturante faixa título e
na estilo Jimmy Webb, “Bobcaygeon”—ambas inéditas—Murphy pinta vívidos quadros
de ares que bordejam a realização ou dissipação. Estão são canções que virão a
ser sucesso, realmente belas e melódicas.
“Conversations”,
entrementes, cintila com o Wurlitzer e
Fender Rhodes de Jon Cowherd, a
bateria de Jeff Ballard e o baixo de Chris Morrissey. “All Things Turn” é simplesmente
uma bela canção de amor, e “Kiwi” move-se num instrumental rápido e meditativo,
que coroa o disco, prova a maestria de Murphy na criação do espírito e
atmosfera.
Fãs do jazz
intimista e sincero e música folk se
encontrarão em “Slip Away”. É uma estreia segura de um músico premiado com
estórias para contar.
Faixas:
Dayton, Ohio–1903; Conversations; Tell Me Why; Boots Of Spanish Leather; Slip
Away; All Things Turn; Waterfalls; Bobcaygeon; Kiwi. (46:50)
Músicos:
Mark Murphy, vocal, violão; Jeff Ballard, bateria; Jon Cowherd, piano, Fender
Rhodes, Wurlitzer; Gilad Hekselman, guitarra; Chris Morrissey, baixo; Maria
Neckam, vocal; Dayna Stephens, saxofone tenor, EWI.
Fonte: Carlo Wolff (JazzTimes)
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