
As primeiras duas gravações de Eick para a ECM (“The Door”,
2008; ” Skala”, 2011) revelou-o como um dos mais brilhantes jovens trompetistas
do jazz, com seu próprio firme conceito de lirismo. Uma simples decisão pessoal
fez o seu terceiro álbum pela ECM, invulgar. Para um quarteto com
instrumentação padrão (o pianista Jon Balke, o baixista Mats Eilertsen e o
baterista Helge Norbakken), Eick adicionou o violino de Gjermund Larsen. Na
abertura da faixa título, o trompete puro de Eick delineia o modelo da típica
novidade e graça, então Larsen aparece e introduz não só novas sonoridades
pungentes, mas também novas adoções culturais. As raízes de Larsen estão no folk e gêneros tradicionais. Seu violino
emana dos fiordes e, de passagem, de Nashville.
Eick e Larsen descobrem muitas maneiras produtivas para
interagirem. Em “March”, com um dos mais expansivos e ousados solos, Larsen apenas
toca um leve suporte em ostinato e sussurra
uns poucos contrapontos. Em “At Sea”, suas unissonâncias criam assombrosas
harmonias. Larsen conduz o rodopio suingante country em “Dakota”.
Suas chamadas e respostas em “Lost” veio a ser uma
improvisação ricamente entrelaçada, Larsen ecoando e sombreando Eick. O que os
dois compartilham é uma intimidade com melancolia que os serve em um álbum
sobre como o lar é algo que você deve necessitar perdê-lo antes de
verdadeiramente encontrá-lo. Balke e Eilertsen, a propósito, são também
profundamente familiarizados com emoções como pungência e esperança.
Faixas: Midwest; Hem; March; At Sea; Dakota; Lost; Fargo;
November.
Músicos: Mathias Eick: trompete; Gjermund Larsen: violino;
Jin Balke: piano; Mats Eilertsen: baixo; Helge Norbakken: percussão.
Para conhecer um pouco deste trabalho, assistam ao vídeo
abaixo:
Fonte: Thomas Conrad (JazzTimes)
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