
Sosa e Fresu são o centro em dupla, mas apenas no nome.
Multi-instrumentistas, eles trazem uma expressiva paleta de cores para os
arranjos, mais um amplo senso de atmosfera – romântica, emocionante e espiritual.
Sosa atua nos teclados acústico e elétrico, sintetizadores, sampleadores, percussão
e vocal, enquanto Fresu, frequentemente revela sua proximidade e afinidade com
a era fusion de Miles Davis, habilmente
atua no trompete e flugelhorn. Aqui e lá, ele também adiciona percussão para
cenários texturados.
Cantando em árabe, Atlas ajuda a impulsionar o álbum com
algo inesperado, uma interpretação com arranjo moderno de “Teardrop” do Massive Attack. Porém, as mais notáveis
performances são encontradas em outras partes. “My Soul, My Spirit” é
aproveitada completamente no profundo vocal de Atlas. “Brezza del Verano”, uma
balada, é tão adorável como se insinua, com Sosa e Fresu contribuindo
igualmente com encantamento romântico. Nada aqui invoca uma severa sombra do
completo blues tão expressivamente quanto “What Is Inside”- ainda que, neste
caso, o destaque é compartilhado por Fresu e Morelenbaum. A ligeira e
deliciosamente com toque de cha-cha-cha
folia da banda em “Why” não é o encerramento do álbum como aparenta ser. Esta
distinção é reservada para a misteriosamente reservada “Kypris”, que vale a
espera.
Faixas: Teardrop - Ya Habibi; Sensuousness; Zeus' Desires;
Brezza Del Verano; My Soul, My Spirit; La Llamada; What Is Inside; Himeros; Who
Wu; Eros Mediterraneo; Fradelo; What Lies Ahead; Why.
Músicos: Paolo Fresu: trompete, flugelhorn, multiefeitos,
percussão; Omar Sosa: piano, Fender
Rhodes, MicroKORG, samplers, multiefeitos, percussão,
vocal, programação; Natacha Atlas: vocal; Jaques Morelenbaum: cello; Quartetto
Alborado - Anton Berovski: violino; Sonia Peana: violino; Nico Ciricugno:
viola; Piero Salvatori: cello.
Para conhecer um pouco deste trabalho, assistam ao vídeo
abaixo:
Fonte: Mike Joyce (JazzTimes)
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