
A baixista Linda Oh e o baterista Brian Blade formam uma
seção rítmica sofisticada e volátil. Adam Kolker, Dayna Stephens e Billy Drewes
tocam cinco diferentes instrumentos de palheta. O piano de Berkman flui através
de tudo, em brilhante corrente de inteligência. O poder de fogo do solo é
formidável. “Tribute” contém uma efusão enredada do saxofone soprano de Kolker e
uma investida hesitante e com ares de
suspense do tenor de Stephens. Em “No Blues No Really No Blues”, Drewes lidera
no alto, mas Kolker e Stephens estão no coro de contrapontos ao redor dele. “Deep
High Wide Sky” e “Up Jumped Ming” com Stephens no tenor, estão soltas, vigorosas
e personalizadas. Em “Past Progressive”, os três saxofones giram mais intensos
a cada volta. Oh, tão articulada quanto cada instrumentista de sopro, também
obtém grande espaço para solo.
Porém, os solos são tecidos dentro do conceito orgânico e
completo do álbum referente ao compositor e arranjador Berkman. Com estes
instrumentistas de sopro à sua disposição, ele cria uma dedicada paleta
colorida para cada música. As variações da harmonia dos três instrumentos de
sopro são vastas. Em “West 180th Street” e “Psalm”, Berkman usa os sopros para
criar um plano de fundo orquestral para seu próprio lúcido e preciso piano.
Em um álbum dependente da sutileza, nuance e refinamento, é
enormemente benéfica que a qualidade do áudio seja tão vívida e detalhada. Os harmônicos,
significativos e tocantes pratos de Blade
nunca foram melhor gravados.
Faixas:
Tribute; No Blues No Really No Blues; Past Progressive; Deep High Wide Sky;
Strange Attractions Then Birds; No Blues No Really No Blues (versão em trio);
West 180th Street; Up Jumped Ming.
Músicos: David Berkman: piano; Dayna Stephens: saxofones
soprano e tenor; Billy Drewes: saxofones alto e soprano; Adam Kolker: saxofones
soprano, alto e tenor, clarinete, clarinete baixo; Linda Oh: baixo; Brian
Blade: bateria.
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