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sábado, 23 de setembro de 2017

DAVID BERKMAN – OLD FRIENDS AND NEW FRIENDS

David Berkman deveria ser mais famoso. No mundo do jazz,  onde todo mundo quer ser um compositor , Berkman nasceu como tal. Ele é natural. As nove músicas, aqui,são novas, mas como todas as boas canções, elas soam como sempre. “Tribute”, para Tom Harrell, movimenta-se com seu próprios  passos de lado, enviesados,  sempre através de um lirismo estranho.“Past  Progressive” e “West 180th Street” são tranquilamente apaixonadas , circundando melodias. Você deixa-se arrastar por elas.

A baixista Linda Oh e o baterista Brian Blade formam uma seção rítmica sofisticada e volátil. Adam Kolker, Dayna Stephens e Billy Drewes tocam cinco diferentes instrumentos de palheta. O piano de Berkman flui através de tudo, em brilhante corrente de inteligência. O poder de fogo do solo é formidável. “Tribute” contém uma efusão enredada do saxofone soprano de Kolker e uma investida  hesitante e com ares de suspense do tenor de Stephens. Em “No Blues No Really No Blues”, Drewes lidera no alto, mas Kolker e Stephens estão no coro de contrapontos ao redor dele. “Deep High Wide Sky” e “Up Jumped Ming” com Stephens no tenor, estão soltas, vigorosas e personalizadas. Em “Past Progressive”, os três saxofones giram mais intensos a cada volta. Oh, tão articulada quanto cada instrumentista de sopro, também obtém grande espaço para solo.

Porém, os solos são tecidos dentro do conceito orgânico e completo do álbum referente ao compositor e arranjador Berkman. Com estes instrumentistas de sopro à sua disposição, ele cria uma dedicada paleta colorida para cada música. As variações da harmonia dos três instrumentos de sopro são vastas. Em “West 180th Street” e “Psalm”, Berkman usa os sopros para criar um plano de fundo orquestral para seu próprio lúcido e preciso piano.

Em um álbum dependente da sutileza, nuance e refinamento, é enormemente benéfica que a qualidade do áudio seja tão  vívida e detalhada. Os harmônicos, significativos e tocantes  pratos de Blade nunca foram melhor gravados.

Faixas: Tribute; No Blues No Really No Blues; Past Progressive; Deep High Wide Sky; Strange Attractions Then Birds; No Blues No Really No Blues (versão em trio); West 180th Street; Up Jumped Ming.

Músicos: David Berkman: piano; Dayna Stephens: saxofones soprano e tenor; Billy Drewes: saxofones alto e soprano; Adam Kolker: saxofones soprano, alto e tenor, clarinete, clarinete baixo; Linda Oh: baixo; Brian Blade: bateria.

Fonte: Thomas Conrad (JazzTimes)



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