
É um autêntico disco de jazz ao vivo, com faixas longas e
mais solos de baixo e bateria que qualquer gravação anterior de Pieranunzi.
Colley e Penn agarram seus momentos. Eles são articulados contadores de
estórias. McCaslin é um saxofonista que dá tudo que tem em cada música. O que
mantém “New Spring” apartado de muitas outras gravações de ótimos grupos
pequenos no Vanguard é como
ele mistura a agudeza e intensidade americana com o romantismo e a
elegância italiana. Esta música ocorre no contexto do arco do lirismo de Pieranunzi.
Suas composições (moderna como “Amsterdam Avenue” e mais convencional como “The
Waver”) são graciosas com formas delineadas. McCaslin claramente as respeita e
traças suas melodias inevitáveis com medido cuidado. Porém, em “Amsterdam
Avenue” ele irrompe com saltitantes e rápidas sucessões de notas com urgência
reunida. Suas linhas em “The Waver” são como longas e deslizantes transições,
mas então ele se inclina para lamentos e revoltas, então acalma-se dentro da
atmosfera enlevada original.
Como solista improvisador Pieranunzi, cada vez ele ascende
da banda para escrever uma nova música dentro da música. Beleza manifesta em um
impulso gravitacional dele. Mesmo dentro de suas rápidas e compactas peças,
como a faixa título, uma balada sutil. Quando ele toca uma balada atual, como “Loveward”,
uma espécie de chamada e resposta flutuante, seu apelo ao coração é completo.
Faixas: Amsterdam Avenue; New Spring; Out Of The Void;
Permutation; Loveward; I Hear A Rhapsody; The Waver.
Músicos: Enrico Pieranunzi: piano; Donny McCaslin: saxofone
tenor; Scott Colley: baixo; Clarence Penn: bateria.
Fonte: Thomas Conrad (JazzTimes)
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