
Antes de ir para o novo trabalho, entretanto, “Emerge”
inicia com uma composição que não é inédita para estabelecer o tom: “What’ll I
Do” de Irving Berlin. Tocada fora do tempo, ela retém seu lampejo melódico
mesmo com Halvorson eletronicamente entortando a canção e Crump destramente
move-se entre paradas dobradas e linhas do arco. O tempo move-se lentamente em
peças como “Disproportionate Endings” de Halvorson com o longo zumbido do seu
arco e as frases fugazes da guitarra. Em contraste, “Emerge” de Crump inicia
deliberadamente, mas a base em dois acordes estabelece uma bela melancolia evocativa
de uma melodia folk.
A interação entre Crump e Halvorson é construída em sua
maioria, sutilmente. A guitarrista favorece linhas simples melódicas, que ela
empena com o uso da sua assinatura erigindo as curvaturas e as passagens de volume.
Só brevemente, em “Turns to White Gold”, ela faz uma digressão para poderosos
acordes.
Com todo o espaço aberto na música, Crump garante que as
coisas nunca sejam frugais, tocando com e contra seu colaborador, dependendo da
situação. Para classificar “Emerge” como mais acessível do que seu predecessor,
não significa tomar “Secret Keeper” em uma rota mais padrão. O duo simplesmente
oferece mais durante o passeio.
Faixas
1 What'll I Do (Irving Berlin) 3:36
2 Emerge (Stephan Crump) 5:25
3 In Time You Yell (Mary Halvorson) 5:24
4 Disproportionate Endings (Mary Halvorson) 7:07
5 A Muddle Of Hope (Stephan Crump) 4:40
6 Bridge Loss Sequence (Mary Halvorson) 6:05
7 Nakata (Stephan Crump) 4:39
8 Turns To White Gold (Mary Halvorson) 6:11
9 Erie (Stephan Crump) 6:21
Para conhecer um pouco deste trabalho, assistam ao vídeo
abaixo:
Fonte: Mike Shanley (JazzTimes)
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