
É pessoal para Marcus. Seu pai nasceu no Egito. Suas
composições e arranjos em “Blues for Tahrir” são profundamente sentidos, seguros,
réplicas detalhadas para um momento fundamental da História contemporânea. Da
sua pequena orquestra (nove a 11 membros), Marcus obtém cores sombrias e
complexas texturas de emoção, incluindo ira, divertimento e lamentação. “Tears on
the Square” poderia ser um cântico de funeral, sua tristeza carregada em solene
coro. Em “Reflections”, Marcus está, talvez, pensando na noite na praça, os protestadores
misturados sob provisórios abrigos, sem certeza da violência que a manhã traria.
O saxofonista tenor Gregory Tardy, o trompetista Alex Norris, o trombonista
Alan Ferber e a vocalista Irene Jalenti criam diversas vinhetas atrativas
dentro da narrativa.
Marcus, residente em Baltimore, está claramente na lista dos
“artistas em ascensão”, como compositor, arranjador e clarinetista baixo. Seus
solos são destaques do álbum. Nas mãos de Marcus o clarinete baixo não é um
instrumento que é mais uma especialidade. Sua riqueza única de timbre vem a ser
incisiva, plenamente capaz de expressão vigorosa. Por esta razão é difícil
entender porque seu instrumento está recluso no contexto. Esta decisão desconcertante
da engenharia é um defeito sério no propósito e exemplar execução.
Faixas
1 Many Moons (Intro) (Todd Marcus) 1:30
2 Many Moons (Todd Marcus) 9:28
3 Blues for Tahrir Suite: Adhan (Todd Marcus) 4:31
4 Blues for Tahrir Suite: Reflections (Todd Marcus) 7:39
5 Blues for Tahrir Suite: Tears on the Square (Todd
Marcus) 4:59
6 Blues for Tahrir Suite: Protest (Todd Marcus) 7:00
7 Alien (Gary Young) 10:15
8 Wahsouli (Todd Marcus) 7:44
9 Summertime (George Gershwin / Ira Gershwin / DuBose
Heyward) 7:57
10 Bousa (Todd Marcus) 5:34
Para conhecer um pouco deste trabalho, assistam ao vídeo
abaixo:
Fonte: Thomas Conrad (JazzTimes)
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