Se John Coltrane veio a personificar um profundo anseio
espiritual, o que significa o seu amigo de juventude, Benny Golson ? Uma marca
pessoal de elegância majestosa em todas as coisas, desde a sua aparência com
seu bigode garboso fora do padrão clássico de Hollywood; ao seu toque, um balanço
primoroso de elegância e naturalidade; seu ato de compor com meticulosa
habilidade com flexíveis e fáceis melodias e suas narrativas no palco, que passa
da erudição à excentricidade encantadora.
Todos esses elementos - até mesmo o bigode- estão no toque do mais recente álbum de Golson”,
HorizonAhead”, sua estréia no selo HighNote
e seu primeiro novo lançamento desde 2009 com o relançado Jazztet. Um trabalho em quarteto apresentando a vívida seção
rítmica formada pelo pianista Mike LeDonne, pelo baixista Buster Williams e
pelo baterista Carl Allen, combina escolha de standards (“Don’t Get Around Much Anymore”, que tem sido raramente
tão cantarolável) com composições de Golson (a enganosamente acessível “Jump
Start”; “Domingo”, escrita para “Lee Morgan Vol. 3”), e encerra com uma faixa
encurvada. Seguindo uma astuta fala introdutória de Golson, Allen oferece um
solo altamente apreciável em sua bateria. Nem uma sessão impactante nem um
trabalho conceitual, “Horizon Ahead” é simplesmente maravilhoso.
Faixas:
Don’t Get Around Much Anymore; Jump Start; Horizon Ahead; Mood Indigo; Domingo;
Lulu’s Back in Town; Night Shade; Three Little Words; Spoken Introduction; Out of
the Darkness and Into the Light.
Músicos:
Benny Golson: saxofone tenor; Mike LeDonne: piano; Buster Williams: baixo; Carl
Allen: bateria.
Para conhecer um pouco deste trabalho, assistam ao vídeo
abaixo:
Fonte: Evan Haga (JazzTimes)
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