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terça-feira, 17 de outubro de 2017

BRIAN BROMBERG – FULL CIRCLE (Mack Avenue Records)



Vamos a uma estória do passado: Após sofrer um ferimento na coluna vertebral, o baixista Brian Bromberg lançou “Full Circle”, seu primeiro CD em quatro anos e só para apresentá-lo colaborando, através de alguns acetatos espertamente reconfigurados e renovados, com seu falecido pai, o baterista Howard Bromberg. De fato, as faixas de abertura e encerramento do álbum estão cheias de poeiras, com jornadas sentimentais da família embebidas no Dixieland, mas algumas deliciosamente revitalizadas.

Nas faixas remanescentes, ainda que seu dote natural para a melodia esteja frequentemente em exposição, Bromberg nem sempre soa exatamente como ele mesmo. Ele frequentemente toca um baixo acústico piccolo na altura do registro da guitarra, um instrumento que nas mãos de Bromberg, às vezes, tem a fluidez que evoca Stanley Jordan e George Benson. Como estes artistas, Bromberg intenciona dar prazer aos ouvintes com abertura para a suavidade e influências. Disparando variações da intimidade das performances em trio para expansivas tomadas em jazz afro-cubano e funk de New Orleans funk, seu ato composicional ajuda a manter as coisas interessantes, e o mesmo vale para uma reinterpretação de Michael Jackson (“Don’t Stop ‘Til You Get Enough”), que soa como se ele fosse designado para fazer um dia de Benson.

“Full Circle”, consistentemente, acerta o alvo, especialmente quando os arranjos são elaborados para acomodar vários convidados, incluindo o trompetista Arturo Sandoval e o percussionista Alex Acuña na festivamente orquestrada “Havana Nights” (conhecida como “Havana Nagila”), e o saxofonista Bob Sheppard e o pianista Mitchel Forman na faixa título do álbum. “Full Circle”, outra estreia para Bromberg, pois ocasionalmente ele atua no baixo e bateria, sendo que no último instrumento é uma lembrança da sua bem passada juventude no Arizona.

Faixas: Jazz Me Blues; Full Circle; Sneaky Pete; Saturday Night in The Village; Boomerang; Havana Nights; Bernie’s Bob; Don’t Stop 'Til You Get Enough; Nawlins!; Susumu’s Blues; Washington and Lee Swing.

Músicos: Brian Bromberg: baixo acústico, bateria, baixo piccolo de nylon, baixo piccolo elétrico; Howard Bromberg: bateria (1,11); Alex Acuña: congas, percussão (3,6,8); Charles Bisharat: violino (9); Mitch Forman: acordeón (9), Hammond B3 (3,9), piano (2,3); Craig Fundyga: vibrafone (6,10); Nick Lane: trombone (3,6,8,9); Otmaro Ruíz: piano (6): Arturo Sandoval: trompete (6); Jimmy Saunders: trompete (1,11); Bob Sheppard: saxofone tenor (2); Lee Thornburg: trompete (3,6,8,9); Randy Waldman: piano (1,4,5,7-9,11); Phil Washburn: trombone (1,11); Doug Webb: saxofones alto, tenor, soprano (3,5-9); Kirk Whalum; saxofone tenor (9).

Fonte: Mike Joyce (JazzTimes)

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