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sexta-feira, 3 de novembro de 2017

JOE CHAMBERS - LANDSCAPES



Como instrumentista, Joe Chambers atua em diversos papéis em “Landscapes”. Ele à frente ou no centro no vibrafone, e constrói a retaguarda do conjunto de armadilhas. Em “Havana” ele eleva os prefixos a pontos mais altos, adicionando bongôs, marimba e congas à mistura. Na faixa título ele senta-se ao piano para um recital solo. Chambers, claro, é qualificado em tudo que faz, e é um formidável compositor. O álbum tem o potencial para ser uma sessão feérica, ainda que seja curta.

Parte disto deve ser atribuído à forma como foi feito. Chambers afirma as faixas de bateria junto com o pianista Rick Germanson e o baixista Ira Coleman, deixando campo para o vibrafone, sobrepondo-o mais tarde, encrespando em cativante áudio. Porém, a bateria empurra para trás a mistura, ambos soam e interagem, e o grupo não parece tão engajado como deveria. “Havana” é mais vitrine que canção, e o uso de um sintetizador diminui seu impacto. 

“Landscapes” apresenta alguns momentos fortes. “Epistrophy” com um suingante balanço, antes do baixo de Coleman chamar a atenção. Chambers prova a si mesmo ser um pianista introspectivo em “Landscapes”. Duas peças de Horace Silver incrementa o nível da energia. Porém, o resto soa simplesmente bastante polido. É compreensível o porquê de um baterista com a autoridade de Chambers não queria ceder a cadeira para alguém mais, mas da próxima vez, fazendo isto, deve adicionar algum despertar para a ação. 

        Faixas

1 Epistrophy (Thelonious Monk) 5:03
2 The Outlaw (Horace Silver) 4:30
3 Never Let Me Go (Ray Evans / Jay Livingston) 6:02
4 Havana (Joe Chambers) 4:58
5 Samba de Maracatu 5:39
6 Pas de Trois (Paul Arslanian) 7:29
7 Airegin (Sonny Rollins) 4:48
8 Ecaroh (Horace Silver) 6:33
9 Underground (Railroad) System (Karl Ratzer) 4:48
10 Landscapes (Joe Chambers) 9:59

Fonte: Mike Shanley (JazzTimes)

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