Irmãos
gêmeos, François e Louis Moutin são o coração pulsante de The Moutin Factory, um ágil quinteto post-bop, cujo novo álbum, “Deep”, solda otimismo sublime a nuances
harmônicas e audácia rítmica.
Da sua
tempestuosa abertura, “Love Stream”, ao seu profundo encerramento, “In The Name
Of Love”, o disco é pleno de faixas que nunca se distanciam do ponto de
sublimação. O entusiasmo é óbvio em músicas como “Hell’s Kitchen”, que alvoroça
com energia do titular da vizinhança de Manhattan, e “Shift”, com seu frenesi
similar a colmeia. Porém, há também uma energia palpável para canções mais
lentas como “Hope Street” e especialmente “In The Name”, que, após um
emocionante solo de baixo desacompanhado, deriva seu combustível da entonação
lancinante da guitarra de Manu Codjia.
O saxofonista
Christophe Monniot e o pianista Jean-Michel Pilc contribuem com solos dinâmicos
ao longo do trabalho, mas o elemento mais impressionante deste álbum é a
capacidade da banda estar coerente com tamanha firmeza para os obstáculos
através do espaço. Para pura alegria, observe a atução do baixo em “Fat’s
Medley”, um reverente e homenageante beijo na bochecha de Mr. Waller, que
acelera na velocidade da luz.
Faixas:
Love Stream; Hope Street; Fat’s Medley; Exploded View; A Soothing Thrill;
Hell’s Kitchen; Shift; Bliss; In The Name Of Love. (63:50)
Músicos:
François Moutin, baixo; Louis Moutin, bateria; Manu Codjia, guitarra;
Jean-Michel Pilc, piano; Christophe Monniot, saxofones.
Para
conhecer um pouco deste trabalho, assistam ao vídeo abaixo:
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