
Como a narrativa verbal é tão atrativa, a música é mais memorável
em sequência com o desolado trompete de Peter Clagett na estória de um sonho de
criança solitária em “Soul of a Machine” ou na acelerada “Genesis Code”, que
encontra o sax soprano de Belden disputando com o baterista Matt Young,
enquanto Laswell pulsa. A espaçosa improvisação de Miles em Bitches Brew e Big Fun and Get Up With It estabelece um modelo para estas canções
básicas e é um sustentáculo para o ambiente de interlúdios entre baixo e
bateria. Ainda quando o refrão do baixo de Laswell, como um batimento cardíaco,
é unido pelas escovinhas e pratos de Young, o ouvinte fica gratificado pela
graça das notas humanizadas da música intitulada “The Evolution of Machine
Culture”. Estas eram as ironias que Belden apreciava, e promoveu. Deus o
abençoe.
Faixas: A Child's Dream; Machine Language; Eternality;
Consistent Imperfection; Soul of a Machine; Genesis Code; Evolved Virtual
Entity; Disappearannihilation; The Evolution of Machine Culture; Dark Matter;
Technomelancolia; A Machine's Dream.
Músicos: Bob Belden: sax, flauta; Pete Clagett: trompete;
Roberto Verastegui: teclado; Bill Laswell: baixo elétrico; Matt Young: bateria;
Kurt Elling: recitação.
Fonte: Britt Robson (JazzTimes)
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