
O álbum inicia com "Paris Lope", uma peça
inspirada por um pré-passeio através de “The City Of Lights”. Stewart e Street
criam um sentimento trotante conveniente ao título, o ardente solo do tenor de Blake
aquece a atmosfera, e o trabalho do piano de Carrothers é fluido e de beleza
genuína. A seguinte—a misteriosa, profunda "End Of Earth"— é uma
mudança completa de direção com seu perambulante, indócil e distópico ponto de
vista. Nada que segue é proximamente desanimador ou solto. "Tincture"
ressalta uma batida moderna animada e contém alguns solos incomuns de Stewart,
que exsuda brilhantismo e bonomia. "Happy Walk" decola com um balanço
macio e funkeado de Stewart-Street, "Blue Sway" projeta harmonias
inesperadas de uma natureza blueseira contra um suingue tocante, e "Dancing
In The Dark" encerra as coisas em uma nota de primeira.
Há um fino balanço entre flexibilidade e força ao longo de “Space
Squid”, indicando com precisão o que faz Stewart ser um baterista bem demandado.
É quase difícil acreditar que o homem que suavemente suporta Blake ao soprano
na gentil e melancolicamente delineada "Drop Of Dusk" seja o mesmo
músico que está tocando infernalmente na faixa sem piano que dá título ao álbum.
Porém, focando exclusivamente no toque da bateria de Stewart só prejudica a
atenção em sua maestria como compositor. Suas composições são enraizadas na
linguagem e lógica do jazz, embora cheio de pequenas surpresas e reviravoltas. Sua
conceituação de uma estética de grupo, aqui, enfim pratica aquela ideia,
extraindo o conhecido, enquanto injeta um pouco de incerteza na mistura. Estes
quatro homens não formaram uma banda própria antes deste trabalho, mas você
saberia disto a partir desta música.
Faixas: Paris Lope; End Of Earth; Tincture; Septemberism;
Happy Walk; Drop Of Dusk; Dead Ringer; Blue Sway; If Anyone Asks You; Space
Squid; Dancing In The Dark.
Músicos: Seamus Blake: saxofone tenor e soprano; Bill
Carrothers: piano; Ben Street: baixo; Bill Stewart: bateria.
Fonte: Dan Bilawsky (AllAboutJazz)
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