playlist Music

domingo, 10 de dezembro de 2017

BILL STEWART- SPACE SQUID (Pirouet Records)



Os músicos que aparecem em “Space Squid” só tocaram uma vez juntos em um trabalho anterior a esta gravação, mas as conexões estavam lá, anteriores àquela performance e da sessão em estúdio. A relação do baterista Bill Stewart como o pianista Bill Carrothers e com o saxofonista Seamus Blake estende-se a cerca de duas décadas atrás. Ambos aparecem em “Telepathy (Blue Note, 1997) ” de Stewart, e este apareceu em um número de cada álbum deles. O baixista Ben Street não tem estado na órbita de Stewart tanto quanto os outros, mas uma forte conexão rítmica existe entre os dois. O trabalho conjunto deles na banda do guitarrista John Scofield e em “Unlikely Stories (Criss Cross, 2010) ” do guitarrista Lage Lund ostenta isto. Aqui, estes quatro lidam com dez composições inéditas de Stewart e um standard, realçando o panorama expansivo do líder como compositor e sua maestria em relação ao sentimento, tempo e espaço.

O álbum inicia com "Paris Lope", uma peça inspirada por um pré-passeio através de “The City Of Lights”. Stewart e Street criam um sentimento trotante conveniente ao título, o ardente solo do tenor de Blake aquece a atmosfera, e o trabalho do piano de Carrothers é fluido e de beleza genuína. A seguinte—a misteriosa, profunda "End Of Earth"— é uma mudança completa de direção com seu perambulante, indócil e distópico ponto de vista. Nada que segue é proximamente desanimador ou solto. "Tincture" ressalta uma batida moderna animada e contém alguns solos incomuns de Stewart, que exsuda brilhantismo e bonomia. "Happy Walk" decola com um balanço macio e funkeado de Stewart-Street, "Blue Sway" projeta harmonias inesperadas de uma natureza blueseira contra um suingue tocante, e "Dancing In The Dark" encerra as coisas em uma nota de primeira.

Há um fino balanço entre flexibilidade e força ao longo de “Space Squid”, indicando com precisão o que faz Stewart ser um baterista bem demandado. É quase difícil acreditar que o homem que suavemente suporta Blake ao soprano na gentil e melancolicamente delineada "Drop Of Dusk" seja o mesmo músico que está tocando infernalmente na faixa sem piano que dá título ao álbum. Porém, focando exclusivamente no toque da bateria de Stewart só prejudica a atenção em sua maestria como compositor. Suas composições são enraizadas na linguagem e lógica do jazz, embora cheio de pequenas surpresas e reviravoltas. Sua conceituação de uma estética de grupo, aqui, enfim pratica aquela ideia, extraindo o conhecido, enquanto injeta um pouco de incerteza na mistura. Estes quatro homens não formaram uma banda própria antes deste trabalho, mas você saberia disto a partir desta música.

Faixas: Paris Lope; End Of Earth; Tincture; Septemberism; Happy Walk; Drop Of Dusk; Dead Ringer; Blue Sway; If Anyone Asks You; Space Squid; Dancing In The Dark.

Músicos: Seamus Blake: saxofone tenor e soprano; Bill Carrothers: piano; Ben Street: baixo; Bill Stewart: bateria.

Fonte: Dan Bilawsky (AllAboutJazz)

Nenhum comentário: