O desafio de fazer um álbum híbrido de acústica e eletrônica
soa como uma genuína mistura, que se inspira, em grande parte, na execução da
banda, à medida que os solos emergem —cachos como extensões da completude. Esta
unidade em quatro peças, liderada por Craig Taborn ao piano e vários acessórios
eletrônicos, com Chris Speed atuando no saxofone tenor e clarinete, Chris
Lightcap no baixo e Dave King na bateria, prova a conveniência dos espectros do
título, movendo em formas diáfanas com presença frequente. A abertura econômica,
“The Shining One”, durando 3 minutos e meio, estabelece um número de temas para
este programa: a compacta configuração que motiva Taborn, que não soa
inteiramente pianístico ou inteiramente eletrônico e o resto da banda muda de
forma como uma ameba, onde os solos têm uma destreza paradoxal para soar como
um grupo contido, ainda que cada um siga a parte como um solo em si.
A única reinterpretação, “Jamaican Farewell” de Roscoe
Mitchell, sugere um natural parentesco para estes particulares fantasmas. O
clarinete de Speed tem aquela profundidade e açulamento carbonizado de algum
trabalho de Eric Dolphy no instrumento, mas a pureza cantalorável da melodia central
é brilhante como uma lua crescendo sobre Saturno, que não são completamente
mundos possíveis. A faixa título similarmente irrompe abertamente em grande
beleza com a unidade badalando uma série de acordes em uníssono após uma
caminhada leve, progressão eletro-blues sobre uma espécie corrente de reação
negativa —tênue, mas palpável — a partir do trabalho de King. “New Glory”, ao
contrário, é uma sincera dança feliz, um contrastante espírito liderado pelo
piano desenvolvendo e aprofundando a batida, como se dissesse, “Quem já
necessitou da noite de alguma maneira? ”.
Faixas: The Shining One; Abandoned Reminder; Daylight
Ghosts; New Glory; The Great Silence; Ancient; Jamaican Farewell; Subtle Living
Equations; Phantom Ratio.
Músicos: Craig Taborn: piano, eletrônica; Chris Speed:
saxofone tenor, clarinete; Chris Lightcap: baixos acústico e elétrico; Dave
King: bateria, percussão eletrônica.
Para conhecer um pouco deste trabalho, assistam ao vídeo
abaixo:
Fonte: Colin Fleming (JazzTimes)
Nenhum comentário:
Postar um comentário