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sexta-feira, 1 de dezembro de 2017

CRAIG TABORN – DAYLIGHT GHOSTS (ECM Records)



O desafio de fazer um álbum híbrido de acústica e eletrônica soa como uma genuína mistura, que se inspira, em grande parte, na execução da banda, à medida que os solos emergem —cachos como extensões da completude. Esta unidade em quatro peças, liderada por Craig Taborn ao piano e vários acessórios eletrônicos, com Chris Speed atuando no saxofone tenor e clarinete, Chris Lightcap no baixo e Dave King na bateria, prova a conveniência dos espectros do título, movendo em formas diáfanas com presença frequente. A abertura econômica, “The Shining One”, durando 3 minutos e meio, estabelece um número de temas para este programa: a compacta configuração que motiva Taborn, que não soa inteiramente pianístico ou inteiramente eletrônico e o resto da banda muda de forma como uma ameba, onde os solos têm uma destreza paradoxal para soar como um grupo contido, ainda que cada um siga a parte como um solo em si.

A única reinterpretação, “Jamaican Farewell” de Roscoe Mitchell, sugere um natural parentesco para estes particulares fantasmas. O clarinete de Speed tem aquela profundidade e açulamento carbonizado de algum trabalho de Eric Dolphy no instrumento, mas a pureza cantalorável da melodia central é brilhante como uma lua crescendo sobre Saturno, que não são completamente mundos possíveis. A faixa título similarmente irrompe abertamente em grande beleza com a unidade badalando uma série de acordes em uníssono após uma caminhada leve, progressão eletro-blues sobre uma espécie corrente de reação negativa —tênue, mas palpável — a partir do trabalho de King. “New Glory”, ao contrário, é uma sincera dança feliz, um contrastante espírito liderado pelo piano desenvolvendo e aprofundando a batida, como se dissesse, “Quem já necessitou da noite de alguma maneira? ”.

Faixas: The Shining One; Abandoned Reminder; Daylight Ghosts; New Glory; The Great Silence; Ancient; Jamaican Farewell; Subtle Living Equations; Phantom Ratio.

Músicos: Craig Taborn: piano, eletrônica; Chris Speed: saxofone tenor, clarinete; Chris Lightcap: baixos acústico e elétrico; Dave King: bateria, percussão eletrônica.

Para conhecer um pouco deste trabalho, assistam ao vídeo abaixo:

 
Fonte: Colin Fleming (JazzTimes)

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