
O que faz Bates ver esta opção como uma coisa boa? A razão é
que Eldh e Bruun sempre deixam de lado o toque da composição em favor de tocar
diretamente com o compositor. Preferem seguir símbolos em uma página, eles
sombreiam os movimentos de Bates, rigorosamente, espelhando seu humor suingante
e, às vezes, parecendo antecipar seus pensamentos. E o pianista é um homem de
muitos pensamentos — ora romântico, ora sombrio, ora abstrato —a música está
constantemente movendo-se ao ponto onde regulares marcadores como padrão e
tempo de marcação são obscurecidos e pode ser difícil narrar onde estamos
dentro de uma determinada peça. O título de uma faixa, “We Are Not Lost, We Are
Simply Finding Our Way”, adequadamente resume tudo. A descoberta do caminho é
uma ação constante do grupo aqui, e é algo fascinante.
A proposta original desta banda, para homenagear a música de
Charlie Parker, é agora uma história antiga, representada só por uma breve, mas
esperta sucessão de notas em “Passport”. As restantes 10 faixas são de Bates, que
é um sofisticado compositor desde os anos 1980 com o Loose Tubes e Earthworks de
Bill Bruford, e que tem apenas ganho em destreza e sensibilidade desde então. Ele
compôs algumas belezas aqui, particularmente a introspectiva balada “Little
Petherick” e o exercício funk fora de ordem “Slippage Street”. Belovèd não deve tocar estas peças como
compostas, mas os músicos as interpretam com graça e o gosto que elas merecem.
Faixas: Sadness All the Way Down; Giorgiantics; Little
Petherick; Senza Bitterness; We Are Not Lost, We Are Simply Finding Our Way;
This World; The Study of Touch; Passport; Slippage Street; Peonies as Promised;
Happiness All the Way Up.
Músicos: Django Bates: piano; Petter Eldh: baixo; Peter
Bruun: bateria.
Para conhecer um pouco deste trabalho, assistam ao vídeo
abaixo:
Fonte: Mac Randall (JazzTimes)
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