
Em “Little Johnny C Blues”, Eubanks toma completa vantagem da franqueza harmônica da banda: Não é completamente livre, mas alguém tem que se concentrar para ouvir a estrutura de blues, e a premente força viva de Eubanks tem flashes de Don Cherry nela. Porém, a próxima faixa, a maioria improvisada, “Saturday Moanin’”, encontra-o melancólico, quase espreitando, sobre um acorde simples. Então vem “Strokish”, uma passagem completamente modelada da composição de Eubanks.
Em outras quatro faixas, entretanto, Eubanks tem uma característica central: lirismo cerebral. A abertura “Brainfreeze” e “A Slight Taste” ganham uma quantidade limitada de energia, mas sua principal apresentação são os segmentos espaçosos de discreta melodia por parte do trompetista. Em “Brainfreeze”, ele regula a si mesmo para efeitos harmônicos em contraposição a pulsação cromática de Douglas (Douglas principalmente funciona como circuito improvisado em Live, mas faz com tamanha agilidade e presença de espírito, que mereceria um prêmio). Este passo vem a ser uma evidente canção monótona em sua funkeada “Ebony Slick”, dando à sua entonação uma aspereza mais encrespada. Na improvisada reflexão “Little Rock”, ele por trás, inserindo a surdina, e preenchendo os cuidadosos encantamentos de Douglas e McPherson.
Live at Maxwell’s encontra outra consistente peculiaridade do som de Eubanks, esta é uma advertência para o ouvinte: Há uma leve negligência. Esta pode passar despercebido, quando tem o acompanhamento mais completo, como no lançamento do ano passado Things of That Particular Nature; aqui, entretanto, pode haver despojamento em locais de alguma autoridade sônica.
Faixas: Brainfreeze; A Slight Taste; Little Johnny C Blues;
Saturday Moanin'; Strokish; Ebony Slick; Little Rock.
Músicos: Duane Eubanks: trompete; Eric McPherson: bateria;
Dezron Douglas: baixo.
Fonte: Michael J. West (JazzTimes)
Nenhum comentário:
Postar um comentário