
Neste caso a familiaridade cria harmonia, que traz
qualidades normalmente inesperadas de cada músico. Na maioria significante, Halvorson
toca sem o uso dos efeitos das suas marcantes curvaturas no pedal, tipicamente
um elemento registrado de sua voz musical. Sem ele, ela ainda desatrela linhas
melódicas retorcidas, mas ela também produz alguns acordes com toque country, especialmente durante sua
entrada na abertura de “That’s All She Wrote”, seguindo algum igualmente livre
estrépito de Rainey.
Dinâmicas declinam e fluem de faixa a faixa e frequentemente
dentro de uma simples peça. Improvisação do grupo assenta-se em igual base com
a composição. Muitas das peças encontram o grupo trabalhando aos pares e trios,
um assentando, enquanto outros providenciam colorido ao fundo. Embora chame os
disparos, seus companheiros de banda frequentemente assumem mais o tempo de
exposição do que ela. Embora, na penúltima faixa, “From Farm Girl to Fabulous,
Vol II”, ela atua solta, detonando figuras em staccato contra a seção rítmica, culminando com um esquema lamentoso
à la Ayler e deliciosas nuances. Uma parte moderna música de câmara, uma parte
jazz radical, “Roulette of the Cradle” é ação plena mesmo durante seus momentos
mais quietos.
Faixas: Thats's All She Wrote; Roulette of the Cradle; Face
the Piper, Part1; Face the Piper, Part 2; Silence... (for Monika); ...and Light
(for Izumi); From Farm Girl to Fabulous, Vol.II; Red Hook.
Músicos: Ingrid Laubrock: saxofone tenor e soprano; Mary
Halvorson: guitarra; Kris Davis: piano; John Hébert: contrabaixo; Tom Rainey:
bateria; Oscar Noriega: clarinete.
Fonte: Mike Shanley (JazzTimes)
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