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terça-feira, 12 de dezembro de 2017

MARY HALVORSON – MELTFRAME (Firehouse 12 Records)



Para o seu primeiro álbum solo, a guitarrista Mary Halvorson originalmente buscou trazer sua distinta ornamentação para suportar standards como “Reflections” e “Ruby, MyDear” de Thelonious Monk. Porém, em algum lugar ao longo do caminho ela assenta um conjunto mais impressivo de interpretações que inclui peças de colegas como Chris Lightcap, Tomas Fujiwara e Noël Akchoté em conjunção com trabalhos de Duke Ellington, Ornette Coleman e McCoy Tyner. Lança algumas poucas escolhas surpresas de composições de Oliver Nelson, Annette Peacock, Carla Bley e Roscoe Mitchell e o final do repertório deveria aguçar a curiosidade sobre o que suas linhas concisas e entonação com pontuações inclinadas podem produzir à sua própria forma.

É fácil avaliar álbuns feito inteiramente com músicas de outras pessoas em comparação com novas interpretações do material fonte. Porém, a abordagem de Halvorson para o seu instrumento, onde o uso do pedal aparece em locais mais inesperados, melodias tranquilas comovem como registros de Dalí, ritmos mudam sem nenhuma transição , significa que “ Meltframe” pode ser desfrutado com ou sem conhecimento anterior do material de origem. Seu lado não jazzístico aparece, inesperadamente, como fiapos na tomada do rock-garagem “Cascades” de Nelson, um acompanhamento improvisado que transfere, sem emendas, à palheta. “Platform” de Lightcap, brevemente, passa para um clássico de Pink Floyd durante um colapso, com um circuito que evoca o espamódico Farfisa organ. Estes efeitos marcantes nos pedais também fazem “Cheshire Hotel” soar como se o gravador estivesse se autodestruindo, embora a normalidade retorne rapidamente como um eco de palmada estilo Sun Records. Porém, Halvorson também demonstra lirismo, como no lento arrasta pé country em “Ida Lupino” ou em “Solitude”, que requer que o ouvinte descubra a melodia em um mar de pesados efeitos vibração.

Álbum instrumentais solo, especialmente feitos por músicos com inclinação para uso mais da mão esquerda, frequentemente requerem um pouco mais de paciência devido ao nível de profunda introspecção deles. “Meltframe” torna-se bravio, mas a energia e foco do toque de Halvorson nunca decai.

Faixas: Cascades; Blood; Cheshire Hotel; Sadness; Solitude; Ida Lupino; Aisha; Platform; When; Leola.

Para conhecer um pouco deste trabalho, assistam ao vídeo abaixo:


Fonte: Mike Shanley (JazzTimes)

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