
Peterson disse que seu objetivo foi misturar os instrumentos
no novo quinteto para equiparar com o furor da turba cercando as descargas da
brutalidade policial e , especificamente, a flauta de Gary Thomas como uma
inspiração semelhante àquela do trabalho de Eric Dolphy nos anos 1960. A
gravação inicia com “Iron Man” de Dolphy e a banda suportada pelos seus integrantes,
como o guitarrista Mark Whitfield, o pianista Vijay Iyer e o baixista Kenny
Davis juntando-se à Peterson e Thomas em densas harmonias e uma farra de
pontilhismo de notas e batidas. As próximas oito canções são compostas por
membros do grupo, quatro por Peterson e uma pelos demais integrantes. Mesmo as
francamente ebulientes, como “Emmanuel the Redeemer” de Whitfield beneficiam-se
da sofisticação do grupo. Observem a forma como Whitfield, Davis e Peterson atuam
para quebrar o passo sem andar em mera fileira acelerada ou linhas uníssonas. Este
é o tipo de hard bop de Iyer, e é um
chute inicial para ouví-lo aninhar-se com solo relativamente direto. Em contraste,
seu “Father Spirit” e “Fearless” de Davis suingam com singular agilidade
métrica, mesmo com o estabelecimento de um final desprendido por parte de
Peterson como um grã-fino manejando um gatilho antes do furacão de batidas. As
duas faixas finais retrabalham belas composições. Outra complexa composição é
“Who’s in Control” de Thomas de 1999, substitui o acompanhamento improvisado
original do baixo de Whitman como wah-wah.
“Monief Redux” de Peterson é um tórrido vai e vem flexível de uma canção que foi
lançada primeiro em sua estreia pela Blue
Note, 28 anos atrás.
Estes encerramentos misturam recordações e sentimentos novos
em consonância com o tema do disco. Como Hughes nos relembra no título do
poema, sonhos protelados frequentemente esgotam-se, são mais celebrados, têm má
reputação, suavizam e explodem. Aggregate
Prime opõe a decadência com soluções antigas, avanço no conhecimento e o novo,
mais inexoravelmente sonhador.
Faixas: Iron Man; Emmanuel the Redeemer; Strongest Sword;
Dream Deferred; Father Spirit; Fearless; Queen Tiye; Who's in Control; Monief
Redux.
Músicos: Ralph Peterson: bateria; Kenny Davis: baixo; Mark
Whitfield: guitarra; Vijay Iyer: piano; Gary Thomas: saxofone tenor, flauta.
Fonte: Britt Robson (JazzTimes)
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