O trompetista Sean Jones recebeu o título de mestre na Rutgers University, e, então,
rapidamente começou seu crescimento na parte superior dos escalões do mundo do
jazz. Servindo por seis anos como primeiro trompetista da Jazz at Lincoln Center Orchestra, ele excursionou pela Europa com
Herbie Hancock, Marcus Miller e com Wayne Shorter em projeto em honra a Miles
Davis. Ele está em seu quinto ano como membro do SFJAZZ Collective. Pesadamente
envolvido em educação, Jones tem ensinado na Duquesne University, Oberlin
Conservatory of Music e agora tem uma cadeira no departamento de metais da Berklee College of Music.
Jones traz um som dinâmico e divertido no seu oitavo
lançamento pela Mack Avenue Records, “Live
from Jazz at the Bistro”. A sessão ao vivo foi uma boa escolha, capturando o
equilíbrio, o vigor e a energia da banda. Gravado no clube Jazz at the Bistro em St. Louis, o sétimo álbum, produzido por Al
Pryor, apresenta Jones com duas versões de sua banda —quarteto e quinteto — eles
"pairam no palco entre sobriedade e excitação " como o trompetista
diz.
O antigo quarteto de Jones compreende o pianista Orrin
Evans, o baixista Luques Curtis e o baterista Obed Calvaire, e estão juntos por
onze anos, o que é raro no jazz estes dias. O resultado é um estilo
supremamente conversacional, que é sua segunda natureza. A exceção, neste
trabalho, é o baterista Mark Whitfield Jr., substituindo em quatro músicas Calvaire
devido a conflitos de agenda dele. Nestas quatro faixas do quinteto, Jones exibe
outro antigo amigo e colaborador, o saxofonista alto e soprano Brian Hogans.
A abertura com a incendiária "Art's Variable" de
Jones faz um aceno a Art Blakey em forma e fluxo melódico, como o grupo certamente
inicia em um bom passo. O som de Jones é escultural e caloroso, com uma
abordagem divertida em suas conversações com a seção rítmica. Evans impulsiona
a batida durante seu solo, construindo a energia e verdadeiramente traz à
memória do ouvinte uma sessão ao vivo com energia abundante.
"Lost, Then Found" possui uma melodia lírica
enfatizada por Jones e Hogans, tocando linhas em uníssono no trompete e
saxofone soprano. Luques combina suingue com elementos latinos, que são de tal
modo parte natural do seu toque. A inspiração humorada desta composição de Jones
está em sua caminhada vigorosa em torno de sua casa e desenvolveu uma linha do
baixo para a melodia, mas antes, quando ele começou a escrever a música, ele a separou
em seu rol de composições guardadas e encontrou a peça que ele tinha escrito
seis anos antes, mas havia esquecido.
"Prof" é uma impetuosa seleção em termo animado
que apresenta Hogans e Jones, junto às explosões da bateria de Calvaire. Jones compôs
esta música como um tributo a dos seus professores da Universidade, o falecido
de William Fielder, cujo apelido era "Prof". "Prof faria a
bagunça conosco" disse Jones. "Ele continuava falando-nos, vocês não
estão animados o bastante, suas vidas estão aborrecidas. Assim, esta é a minha
resposta: outro blues com 15 compassos e uma melodia maluca com quartas. Ele
amava quartas". O solo de Jones é cheio de alegria e diversidade rítmica,
emparelhado com Calvaire , como se os dois conversassem sobre possibilidades
rítmicas.
“Live from Jazz at the Bistro” é um lançamento tocante,
espirituoso, honesto e natural de uma banda que tem seu próprio vocabulário e
interação singular. O toque é de primeira-classe e o álbum não desapontará. Jones
está no caminho inspirado e aparece, ultimamente, em uma série de projetos. Eu
devo dizer que seu toque está no topo da forma. Tratem de ouvi-lo.
Faixas: Art's Variable; Lost, Then Found; Piscean Dichotomy;
Doc's Holiday; The Ungentrifed Blues; Prof; BJ's Tune.
Músicos: Orrin Evans: piano; Luques Curtis: baixo; Obed
Calvaire: bateria; Mark Whitfield Jr.: bateria; Brian Hogans: saxofones alto e
soprano.
Fonte: Geannine Reid (AllAboutJazz)
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