
Jones traz um som dinâmico e divertido no seu oitavo
lançamento pela Mack Avenue Records, “Live
from Jazz at the Bistro”. A sessão ao vivo foi uma boa escolha, capturando o
equilíbrio, o vigor e a energia da banda. Gravado no clube Jazz at the Bistro em St. Louis, o sétimo álbum, produzido por Al
Pryor, apresenta Jones com duas versões de sua banda —quarteto e quinteto — eles
"pairam no palco entre sobriedade e excitação " como o trompetista
diz.
O antigo quarteto de Jones compreende o pianista Orrin
Evans, o baixista Luques Curtis e o baterista Obed Calvaire, e estão juntos por
onze anos, o que é raro no jazz estes dias. O resultado é um estilo
supremamente conversacional, que é sua segunda natureza. A exceção, neste
trabalho, é o baterista Mark Whitfield Jr., substituindo em quatro músicas Calvaire
devido a conflitos de agenda dele. Nestas quatro faixas do quinteto, Jones exibe
outro antigo amigo e colaborador, o saxofonista alto e soprano Brian Hogans.
A abertura com a incendiária "Art's Variable" de
Jones faz um aceno a Art Blakey em forma e fluxo melódico, como o grupo certamente
inicia em um bom passo. O som de Jones é escultural e caloroso, com uma
abordagem divertida em suas conversações com a seção rítmica. Evans impulsiona
a batida durante seu solo, construindo a energia e verdadeiramente traz à
memória do ouvinte uma sessão ao vivo com energia abundante.
"Lost, Then Found" possui uma melodia lírica
enfatizada por Jones e Hogans, tocando linhas em uníssono no trompete e
saxofone soprano. Luques combina suingue com elementos latinos, que são de tal
modo parte natural do seu toque. A inspiração humorada desta composição de Jones
está em sua caminhada vigorosa em torno de sua casa e desenvolveu uma linha do
baixo para a melodia, mas antes, quando ele começou a escrever a música, ele a separou
em seu rol de composições guardadas e encontrou a peça que ele tinha escrito
seis anos antes, mas havia esquecido.
"Prof" é uma impetuosa seleção em termo animado
que apresenta Hogans e Jones, junto às explosões da bateria de Calvaire. Jones compôs
esta música como um tributo a dos seus professores da Universidade, o falecido
de William Fielder, cujo apelido era "Prof". "Prof faria a
bagunça conosco" disse Jones. "Ele continuava falando-nos, vocês não
estão animados o bastante, suas vidas estão aborrecidas. Assim, esta é a minha
resposta: outro blues com 15 compassos e uma melodia maluca com quartas. Ele
amava quartas". O solo de Jones é cheio de alegria e diversidade rítmica,
emparelhado com Calvaire , como se os dois conversassem sobre possibilidades
rítmicas.
“Live from Jazz at the Bistro” é um lançamento tocante,
espirituoso, honesto e natural de uma banda que tem seu próprio vocabulário e
interação singular. O toque é de primeira-classe e o álbum não desapontará. Jones
está no caminho inspirado e aparece, ultimamente, em uma série de projetos. Eu
devo dizer que seu toque está no topo da forma. Tratem de ouvi-lo.
Faixas: Art's Variable; Lost, Then Found; Piscean Dichotomy;
Doc's Holiday; The Ungentrifed Blues; Prof; BJ's Tune.
Músicos: Orrin Evans: piano; Luques Curtis: baixo; Obed
Calvaire: bateria; Mark Whitfield Jr.: bateria; Brian Hogans: saxofones alto e
soprano.
Fonte: Geannine Reid (AllAboutJazz)
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