“Moxie”, o
novo álbum da saxofonista Jessica Jones, residente em Nova York, encontra a
líder e seu marido, o saxofonista Tony Jones, em reunião qualificada com dois
grandes talentos fora do centro da cena jazzística: o baixista Stomu Takeishi e
o baterista Kenny Wollesen, que foram colegas de Jessica na The New School nos anos 1980. O recente
trabalho do quarteto é uma maravilha sem emoção, um programa curvilíneo e
balançante de seis músicas que mantém uma vivacidade tensa do começo ao fim. No
passado, o toque da líder foi descrito como “experimental” e o estilo de Jessica
é realmente inovador. Porém, a experimentação aqui, envolve a particular
sintaxe do jazz como opostas às regras da música em geral. Este elemento experimental
é sutil, ocasionalmente ascendendo à superfície com um grupo de pensadores com
a estrutura de ritmo suingante ou reharmoniza standards do jazz. Na abertura da faixa título, por exemplo, a
linha do baixo sincopada de Takeishi e a soluçante bateria de Wollesen criam um
funk escorregadio e fora da forma, sobre a qual a dupla de saxofonistas
entrelaçam suas vozes com profunda empatia, soando familiar e exótico. Em
outras partes, a líder empresta seu distinto matiz avant-bop a “In A Sentimental Mood” de Duke Ellington, tocando
suave, notas espectrais em alto registro. Esta banda também oferece o tipo de
robusta forma livre de combustão interna que fãs da avant-garde têm como expectativa. Para um tratamento demolidor das
cordas, ouçam o solo de baixo debulhado de Takeishi em “Haitian Cotillion”.
Faixas:
Moxie; In A Sentimental Mood; Haitian Cotillion; Soft Target; Dear Toy;
Clapping Game; Tag On A Train; Manhattattan
Músicos:
Jessica Jones: saxofone tenor; Tony Jones: saxofone tenor; Stomu Takeishi: baixo;
Kenny Wolleson: bateria.
Fonte:
BRIAN ZIMMERMAN (DownBeat)
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