A impecável destreza técnica providenciando a base para uma
expressão corajosamente desinibida, tudo conduzido agudamente por modeladas visões
política e cultural: É uma combinação tão rara quanto emocionante que traz à
mente Betty Carter e Abbey Lincoln e, ao longo da meia década passada, o neo-soul
encontra o fervor do jazz de Sarah Elizabeth Charles.
O progresso de Charles tem sido significantemente
enriquecido de duas maneiras: primeiro, através da sua profunda simbiose com o
trompetista Christian Scott aTunde Adjuah, que coproduziu e faz uma aparição
como convidado em seu lançamento de 2015, “Inner Dialogue” (NT: Resenha publicada neste blog em
16/11/2016) , e faz o mesmo aqui, e então há a unidade que ela constrói ao
lado dos seus companheiros de quarteto : Jesse Elder (teclados), John Davis (bateria)
e Burniss Earl Travis II (baixo), desde sua estreia em 2012 com “Red”.
“Free of Form”, o primeiro álbum de Charles devotado
exclusivamente a composições inéditas, inicia com sons que parecem um balão
esvaziando, cortesia de Scott, antes de soar nas alturas em busca livre. A
busca do céu continua com a faixa título, uma comovida busca de
autoatualização, um tema expandido na edificante “Taller”. A metronômica caminhada
de “March to Revolution” expõe um choro convulso que se desenvolve através da
firmemente intensa “Change to Come”; “Zombie”, uma marcante condenação de passividade
e a turbulenta “The Struggle”. A mensagem é poderosa, profunda e clara.
Envolvente, toma um suporte e por meio disto descobre o seu melhor.
Faixas
1 Purview (com Christian Scott no trompete)
2 Free Of Form (com Christian Scott no trompete)
3 March To Revolution Part II (com Christian Scott no
trompete)
4 Taller
5 Learn To Love
6 Change To Come (com Christian Scott no trompete)
7 Thinker
8 Zombie
9 I Will Wait
10 The Fold
11 Another Cloudy Memory
12 The Struggle
Para conhecer um pouco deste trabalho, assistam ao vídeo:
Fonte: Christopher Loudon (JazzTimes)
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