
O provedor da música M-Base
(Macro-Basic Array of Structured
Extemporization), Coleman, chegou em um ponto que seu trabalho nem é um
estilo nem um subgênero, mas um processo cognitivo onde os componentes são
derivados das experiências de vida. A ausência de marcas convencionais de tempo
é uma das principais abordagens do método e é, em parte, conduzida com a
eliminação do uso tradicional da bateria, embora Neeraj Mehta forneça a
percussão em quatro das nove faixas. No Five
Elements de Coleman, o trompetista Jonathan Finlayson está há mais tempo
com os membros do Council of Balance,
Maria Grand no saxofone tenor, a violinista Kristin Lee, a vocalista Jen Shyu, o
baixista Anthony Tidd, Rane Moore no clarinete e o pianista Matt Mitchell agrega-se.
Similar ao título da suíte em “Synovial Joints (Pi
Recordings, 2015) ”, os movimentos do corpo humano executam um significante
papel em “Morphogenesis”. A suíte "Synovial Joints" foca em quatro
partes na correlação de vários movimentos humanos da cabeça ao quadril. Aqui, as
composições "Inside Game", "Pull Counter", "Roll Under
and Angles", "Shoulder Roll" e "Dancing and Jabbing" são
movimentos todos relatados em luta. Sem o benefício da primeira leitura das
notas do disco, isto não seria óbvio. O que é claro, entretanto, é o senso de
fluidez e fluência. Nesta extensão, elas são composições hipnotizantes mesmo
sem estar informado do contexto pretendido. "Morphing", como o nome
indicaria, move-se para dentro e para fora de várias ideias livremente
construídas, alguns sendo mais exóticas, especialmente quando Lee e Moore estão
envolvidos. A peça consequentemente muda completamente quando Mitchell lidera e
a sensibilidade post-bop assume a
direção. Ao tempo em que o álbum conclui com "Horda", a fluidez está
trabalhando com abstrações de uma peça que tece através de múltiplos temas. Coleman
e Finlayson estão às vezes trabalhando em uníssono e em outras vezes com o
toque de Coleman hesitantemente e ao contrário das longas linhas do trompetista.
Há muitos efeitos em “Morphogenesis”, da abertura blueseira
de "Roll Over..." aos mais pronunciados acentos africanos em "NOH".
Frequentemente, o que parece como um fluxo de consciência, é enganosamente uma
visão bem estruturada e execução de ideias espontâneas de Coleman e a
incorporação delas em diferentes linguagens musicais. A música, que parece
fluir naturalmente é um efetivo e completo desafio para a audição. “Morphogenesis”
é uma construção substancial modelar do processo desenvolvido por Coleman.
Faixas: Inside Game; Pull Counter; Roll Under and Angles;
NOH; Morphing; Shoulder Roll; SPAN; Dancing and Jabbing; Horda.
Músicos: Steve Coleman: saxofone alto; Jonathan Finlayson:
trompete; Maria Grand: saxofone tenor; Rane Moore: clarinete; Kristin Lee:
violino; Jen Shyu: vocal; Matt Mitchell: piano; Greg Chudzik: baixo; Neeraj
Mehta: percussão.
Para conhecer um pouco deste trabalho, assistam ao vídeo abaixo:
Fonte: Karl Ackermann (AllAboutJazz)
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