
Esta paciência colhe recompensas em variados degraus. A peça
mais exigente é Trillium J de Braxton,
que dura quatro horas, plenamente orquestrada como ópera sobre … bem, qualquer coisa,
é sobre “o conceito de Affinity Insight
número dois”, que é exposto ao longo da ópera sem jamais conceder um vestígio
do que é. Porém, cada ato muda as molduras e as características (que nunca
tiveram a firmeza para começar), o arranjo e o conceito anteriormente
mencionados os une. Act III, apresentando
um assassinato misterioso dentro de uma casa frequentada, é interessantemente infernal,
e os vilões do Act IV são bem-humorados
além da medida (“Como eu poderia saber que trazendo 6000 bonés infectados com
lepra para o 248 National Township e
áreas do playground criaria um problema? ”), mas obtendo lá a necessidade de
uma difícil caminhada através de um furioso e interminável primeiro ato e
divertido, suavemente, segundo. E, nesse ponto, a música contida nunca é muito
interessante. A maioria é um acompanhamento dissonante para os vocalistas,
cujas melodias são disformes e não memoráveis; há interlúdios com mais
substância, mas sem poder sustentável (isto dito, alguns espetáculos visuais os
acompanha no Blu-ray anexo, em
particular nos interlúdios de “Princess of Curiosity” do Act II, que tem uma
beleza misteriosa).
O mais longo dos pacotes, os sete discos do “Quintet
[Tristano] 2014”, é o mais digerível, ao menos em termos do seu estilo musical.
A mais extensa das gravações padrão de Braxton, ela cobre não apenas a música
de Lennie Tristano, mas a inteira “Tristano School”, compartilhando uma
fundação no bebop, mas em suas
próprias marcas rítmicas e harmônicas. Verdadeiro na forma, o quinteto de Braxton
também se estende dentro dos estilos cool
e free, este último em uma série de
improvisações tocadas por vários subconjuntos do seu quinteto. O mais
intrigante, Braxton toca apenas piano no trabalho, delegando sua usual coleção
de saxofones- do baixo ao sopranino- para Jackson Moore e Andre Vida, com a
seção rítmica composta pelo baixista Eivind Opsvik e pelo baterista Mike
Szekely. Seu toque no piano investiga as profundezas do jazz; um solo em “C-Bop
(Version 2 )”, por exemplo, evoca Ellington, Monk e Andrew Hill, tanto quanto Tristano.
Porém, embora haja destaques ao longo do trabalho, incluindo uma calorosa
leitura de “How High the Moon” de Tristano, contrapõe “Lennie-Bird”, uma
declaração de “Jazz of Two Cities” de Ted Brown e três versões de “Ice Cream
Konitz” de Lee Konitz, sete horas, mesmo em sua maior parte, de música
bem-vinda, sobrecarregará os ouvidos. Melhor parcelar a audição.
“3 Compositions” é o melhor grupo. Cada uma das três peças
(Compositions 372, 373 e 377) está em torno de uma hora de duração, e cada uma
é majoritariamente similar a um linho ondulado de interação atonal não distinto
do trabalho do compositor inglês Cornelius Cardew. Porém, cada membro do
hepteto, o cornetista Taylor Ho Bynum, o guitarrista Mary Halvorson, a violista
Jessica Pavone, o tubista Jay Rozen, o vibrafonista Aaron Siegel, o baixista e
clarinetista baixo Carl Testa e o próprio Braxton estão, também, equipados com
um iPod, que contém que contém,
gravada, toda a produção de Braxton e, em pontos pré-determinados toca, ao
fundo, fragmentos desta música, sobrepondo como uma orquestral “Revolution 9”. As
notas de Braxton, como sempre, lê-se como uma real teoria acadêmica sugere, ou seja
, uma audição passiva, sintonizando dentro e fora como algo do ambiente da
música, que produz deliciosas surpresas como a repentina explosão do suíngue
melodioso sobre o terceiro curso através de “Composition No. 373”. Porém, a
real atenção revela admiração, bastante, como uma suntuosa colagem de melodias
através dos últimos 12 minutos de “Composition No. 372”. Qualquer que seja a
produção de Braxton, ele dá segurança.
Faixas: Disco 1: Composition No. 372; Disco 2: Composition
No. 373; Disco 3: Composition No. 377.
Músicos: Anthony Braxton: compositor, saxofones sopranino,
soprano e alto, iPod; Taylor Ho Bynum: cornet, flugelhorn, trumpbone, iPod; Mary Halvorson: guitarra, iPod; Jessica Pavone:
violino, viola, iPod; Jay Rozen: tuba, iPod; Aaron Siegel: percussão,
vibrafone, iPod; Carl Testa: baixo, clarinete baixo, iPod.
Fonte: Michael J. West (JazzTimes)
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