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sexta-feira, 2 de fevereiro de 2018

ANTHONY BRAXTON - 3 COMPOSITIONS (EEMHM) 2011 (Firehouse 12 Records)



Tomados juntos, as três novas caixas do trabalho de Anthony Braxton compreendem 14 discos e com muitas horas de música, cada trabalho utiliza uma banda diferente e adota uma abordagem musical diferente. Porém, qualquer um dos lançamentos é em si mesmo irresistível. O mais curto, “3 Compositions (EEMHM) 2011”, não significa ser o mais acessível. Paciência, então, é requerida para navegação.

Esta paciência colhe recompensas em variados degraus. A peça mais exigente é Trillium J de Braxton, que dura quatro horas, plenamente orquestrada como ópera sobre … bem, qualquer coisa, é sobre “o conceito de Affinity Insight número dois”, que é exposto ao longo da ópera sem jamais conceder um vestígio do que é. Porém, cada ato muda as molduras e as características (que nunca tiveram a firmeza para começar), o arranjo e o conceito anteriormente mencionados os une. Act III, apresentando um assassinato misterioso dentro de uma casa frequentada, é interessantemente infernal, e os vilões do Act IV são bem-humorados além da medida (“Como eu poderia saber que trazendo 6000 bonés infectados com lepra para o 248 National Township e áreas do playground criaria um problema? ”), mas obtendo lá a necessidade de uma difícil caminhada através de um furioso e interminável primeiro ato e divertido, suavemente, segundo. E, nesse ponto, a música contida nunca é muito interessante. A maioria é um acompanhamento dissonante para os vocalistas, cujas melodias são disformes e não memoráveis; há interlúdios com mais substância, mas sem poder sustentável (isto dito, alguns espetáculos visuais os acompanha no Blu-ray anexo, em particular nos interlúdios de “Princess of Curiosity” do Act II, que tem uma beleza misteriosa).

O mais longo dos pacotes, os sete discos do “Quintet [Tristano] 2014”, é o mais digerível, ao menos em termos do seu estilo musical. A mais extensa das gravações padrão de Braxton, ela cobre não apenas a música de Lennie Tristano, mas a inteira “Tristano School”, compartilhando uma fundação no bebop, mas em suas próprias marcas rítmicas e harmônicas. Verdadeiro na forma, o quinteto de Braxton também se estende dentro dos estilos cool e free, este último em uma série de improvisações tocadas por vários subconjuntos do seu quinteto. O mais intrigante, Braxton toca apenas piano no trabalho, delegando sua usual coleção de saxofones- do baixo ao sopranino- para Jackson Moore e Andre Vida, com a seção rítmica composta pelo baixista Eivind Opsvik e pelo baterista Mike Szekely. Seu toque no piano investiga as profundezas do jazz; um solo em “C-Bop (Version 2 )”, por exemplo, evoca Ellington, Monk e Andrew Hill, tanto quanto Tristano. Porém, embora haja destaques ao longo do trabalho, incluindo uma calorosa leitura de “How High the Moon” de   Tristano, contrapõe “Lennie-Bird”, uma declaração de “Jazz of Two Cities” de Ted Brown e três versões de “Ice Cream Konitz” de Lee Konitz, sete horas, mesmo em sua maior parte, de música bem-vinda, sobrecarregará os ouvidos. Melhor parcelar a audição.

“3 Compositions” é o melhor grupo. Cada uma das três peças (Compositions 372, 373 e 377) está em torno de uma hora de duração, e cada uma é majoritariamente similar a um linho ondulado de interação atonal não distinto do trabalho do compositor inglês Cornelius Cardew. Porém, cada membro do hepteto, o cornetista Taylor Ho Bynum, o guitarrista Mary Halvorson, a violista Jessica Pavone, o tubista Jay Rozen, o vibrafonista Aaron Siegel, o baixista e clarinetista baixo Carl Testa e o próprio Braxton estão, também, equipados com um iPod, que contém que contém, gravada, toda a produção de Braxton e, em pontos pré-determinados toca, ao fundo, fragmentos desta música, sobrepondo como uma orquestral “Revolution 9”. As notas de Braxton, como sempre, lê-se como uma real teoria acadêmica sugere, ou seja , uma audição passiva, sintonizando dentro e fora como algo do ambiente da música, que produz deliciosas surpresas como a repentina explosão do suíngue melodioso sobre o terceiro curso através de “Composition No. 373”. Porém, a real atenção revela admiração, bastante, como uma suntuosa colagem de melodias através dos últimos 12 minutos de “Composition No. 372”. Qualquer que seja a produção de Braxton, ele dá segurança.

Faixas: Disco 1: Composition No. 372; Disco 2: Composition No. 373; Disco 3: Composition No. 377.

Músicos: Anthony Braxton: compositor, saxofones sopranino, soprano e alto, iPod; Taylor Ho Bynum: cornet, flugelhorn, trumpbone, iPod; Mary Halvorson: guitarra, iPod; Jessica Pavone: violino, viola, iPod; Jay Rozen: tuba, iPod; Aaron Siegel: percussão, vibrafone, iPod; Carl Testa: baixo, clarinete baixo, iPod.

Fonte: Michael J. West (JazzTimes)

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