
O repertório é vastíssimo e percebe-se desde logo a ausência
das parcerias com os irmãos Lô Borges e
Márcio Borges. Entre as presenças sobressaem a sólida parceria com Fernando
Brandt (Travessia, Ponta de Areia, O que foi feito Devera), o canto de trabalho
Caxangá (imortalizado em versões distintas pela fluminense Clementina de Jesus
e pela gaúcha Elis Regina), o pan-americanismo de San Vicente, a musicalidade
cigana de Cravo e Canela, o encontro de Minas Gerais com o mar (Cais).
A beleza bruta transborda da voz e dos arranjos de
violoncelo do maestro carioca Jacques Morelenbaum. O duelo solitário entre voz
e cello resulta em resultado
bicromático, mínimo, de pouco tempero, que reflete o tempo de retração
artística e política, cultural e social, musical e econômica.
Faixas
01. O QUE FOI FEITO DEVERA (Milton Nascimento / Fernando
Brant)
02. O QUE SERÁ (Chico Buarque)
03. PONTA DE AREIA (Milton Nascimento / Fernando Brant)
04. SAN VICENTE (Milton Nascimento / Fernando Brant)
05. CAXANGÁ (Milton Nascimento / Fernando Brant)
06. CALIX BENTO (Tavinho Moura)
07. CRAVO E CANELA (Milton Nascimento / Ronaldo Bastos)
08. ENCONTROS E DESPEDIDAS (Milton Nascimento / Fernando
Brant)
09. CANÇÃO AMIGA (Milton Nascimento / Carlos Drummond de
Andrade)
10. MISTÉRIOS (Joyce Moreno / Maurício Maestro)
11. TRAVESSIA (Milton Nascimento / Fernando Brant)
12. VOLVER A LOS 17 (Violeta Parra)
13. BEIJO PARTIDO (Toninho Horta)
14. CAIS (Milton Nascimento / Ronaldo Bastos)
Para conhecer um pouco deste trabalho, assistam ao vídeo
abaixo:
Fonte: Pedro Alexandre Sanches (CartaCapital)
Nenhum comentário:
Postar um comentário