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domingo, 11 de março de 2018

CHAMPIAN FULTON & SCOTT HAMILTON – THE THINGS WE DID LAST SUMMER (Blau)



“Champian Fulton & Scott Hamilton: The Things We Did Last Summer”, às vezes, é destino. No caso da pianista/vocalista Champian Fulton, seu pai, Stephen Fulton, é um trompetista de jazz que, cedo, expôs sua filha aos sons do jazz clássico, para exclusão dos então correntes sons populares. Também, o lendário trompetista Clark Terry, amigo de Stephen, circulou em torno da casa de Fulton nos dias iniciais de Champian, e colocou-se em um papel de mentor para uma jovem mulher quando ela veio a ser uma profissional em seus dias pré-adolescência. Porém, na maioria da narração, quando da entrada no jardim de infância, Fulton experimentou sua primeira exposição à música popular da época, incluindo o enfadonho trabalho artístico de Madonna. Champian, com sua musicalidade precoce aos cinco anos, encontrou a ausência daqueles sons, assim trouxe para a sala de aula um álbum de Charlie Parker para mostrar e informar.

Destinada a ser uma artista de jazz, por certo.

Algumas impressões iniciais de Champian Fulton/Scott Hamilton apresentando “Things We Did last Summer”: 1. Suíngue e tempo 4/4, estabelecem-se tão perfeitamente, é um bálsamo para a alma. 2. O veterano saxofonista Scott Hamilton, com a quantidade de álbuns gravados sob seu nome ao longo de 40 anos de carreira, soa como o campeão do mundo do sax tenor— comovente e robusto, eloquente em seus solos intricados e nuançados. 3. Champian Fulton poderia fazer uma ótima carreira como pianista, mas, como Diana Krall, ela também desenvolveu um raro perfil de primeira como cantora de jazz.

“Things We Did Last Summer”, como um punhado de lançamentos anteriores de Fulton, é uma exploração do cancioneiro norte-americano, sendo que muitas músicas são joias pouco conhecidas. Em "My Future Just Passed", um veículo para Chet Baker, Shirley Horn e muitos mais, Champian e Hamilton intercambiam medidos e dinâmicos solos, o vocal de Fulton tingido com vocal com uma margem possessiva — com graça em tudo— de uma crueldade concernente a " o rapaz será agora um pouco tolo".

Com a abertura, "When Your Lover Has Gone", o suíngue é o rei. Fulton canta com um malicioso brilho em seu olho—ela soa sempre como tivesse o tempo da sua vida—e ela afirma uma reviravolta brilhante ao piano que traz Erroll Garner à mente: encrespada, um pouco flamejante, brilhantemente elegante, abrindo caminho para o articulado Hamilton vir direto com o seu sax tenor.

Cinco das oito faixas apresentam a segura Champian, às vezes furtiva e levemente felina em sua capacidade vocal. Três delas são ofertas instrumentais em quarteto. "Black Velvet", o ponto alto instrumental, se ajustaria perfeitamente a um disco suingado de Lou Donaldson. Fulton e Hamilton transitam suaves e tranquilos na proteção do baixo/bateria de, respectivamente, Ignasi Gonzalez e Esteve Pl. É uma, absolutamente, banda de primeira classe, trabalhando com excelentes arranjos. Traz à mente “Billie Holiday's Songs For Distingue Lovers (Verve, 1957) ” com Ben Webster no sax e Jimmie Rowles ao piano.

Jazz para gerações — elegante e interpretado maravilhosamente.

Faixas: 1. When Your Lover Has Gone 2. Black Velvet 3. I Cried for You 4. The Things We Did Last Summer 5. Too Marvelous for Words 6. My Future Just Passed 7. Runnin Wild 8. The Very Thought of You.

Músicos: Champian Fulton - piano e vocal; Scott Hamilton – sax tenor; Ignasi Gonzalez – baixo; Esteve Pi – bateria.

Para conhecer um pouco deste trabalho, assistam ao vídeo abaixo:

 
Fonte: DAN MCCLENAGHAN (AllAboutJazz)

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