Israels não vai para uma ginástica rítmica. Uma das 10
músicas de Garden está em 6/8, as outras em suingante 4/4. Ele deseja um toque
de harmônica complexidade: Canções como a animada “Speed Bumps” e a maliciosa
“Warming Trend” colocam uma página furiosa de acordes, especialmente nas
introduções de piano de Dan Gaynor (No caso de “Warming Trend”, que em condição
fora de harmonia faz uma surpresa ao tradicionalismo completo da canção, é
baseado em “Softly, as in a Morning Sunrise”). Ele enreda vozes orquestrais com
a beleza empática. A lavagem animada das palhetas e acompanhamento ao fundo do trombone
em “Natural Beauty” é incontestável, como são as reviravoltas do trombone de John
Moak, do clarinete de David Evans, do baixo clarinete de Robert Crowell
compartilhadas em “Chaconne a Son Gout”.
Porém, as melodias têm prioridade, e lá Israels brilha mais.
É impossível não sorrir na abertura da linha do trompetista Charlie Porter em “The
Skipping Tune”. Melhor ainda é a relaxada “Chaconne a Son Gout”, e a terna
valsa conduzida por “Natural Beauty” é a melhor de todas. Outras canções são
almofadas lançadas para improvisação, e que funciona também. A faixa título
traz maravilhosas habilidades nos solos, tendo Porter, Moak e a vocalista
Jessica Israels canta blues superando os primeiros oitos compassos, então
sibila dentro das linhas do bebop pelo
que pareceria ser uma resolução do blues.
O furacão do projeto de Garden é que Israels às vezes
introduz melodias secundárias da banda em seus arranjos -“The Skipping Tune”,
“Garden of Delights” – que não são apenas estranhos, mas diminuem as principais
melodias sólidas. Talvez, Israels não saiba como ele é bom.
Faixas
1 The Skipping Tune 6:23
2 Garden of Delights 6:32
3 Mingus 6:31
4 Speed Bumps 4:09
5 Natural Beauty 4:47
6 Bluesman's Holiday 5:09
7 Warming Trend 5:21
8 Double Clutching 4:17
9 Chaconne a Son Gout 5:55
10 Discretion Advised 6:11
Fonte: Michael J. West (JazzTimes)
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