“Short Stories” está ilustrado por generosidade e gratidão.
Cobrindo mais de duas horas de música em dois discos e 15 composições, registra
um capítulo na vida do baterista/educador Tony Moreno depois que ele perdeu seu
estúdio, seus instrumentos e um valioso achado de material de arquivo acumulado,
dele e de sua mãe, a notória harpista e a musicóloga Nina Dunkel Moreno, após a
limpeza, quando a terra ressurgiu, depois do furacão Sandy em Outubro de 2012.
Ofertando, mensalmente, um trabalho no pequeno 55 Bar no Greenwich Village, Moreno mergulhou em uma renovação,
desenvolvendo um livro, a maioria do qual contendo material inédito e
apresentando-o com um quinteto estável sobre um período de quatro anos, tudo
mantendo trabalhos educativos em três programas separados em faculdades de Nova
York. “Short Stories” homenageia seus mentores e bons samaritanos, que o faz
possível. Confiante no processo, Moreno encorajado pela sua banda espalha-se,
utilizando uma maioria de primeiras tomadas no estúdio e publicando
aproximadamente o repertório inteiro. “ Eu tenho que limpar o terreno e seguir
em frente”, ele explana.
Há uma riqueza de pedras de toque. Cada disco inicia com uma
mutável configuração de uma composição de Kenny Wheeler —“Foxy Trot” e “Three
for D’Reen”, respectivamente. Embora possibilite ao quinteto deslizar da
reflexão da abertura de piano de Jean-Michel Pilc para linhas em uníssono dos
sopros e extensos solos do trompetista Ron Horton e o tenor de Marc Mommaas,
“Foxy” apresenta uma nota ampliada em rajada de Mommaas e algumas pirotecnias
do blues de Moreno e do baixista Ugonna Okegwo. “55 Scotch” sugere algo para os
proprietários do 55 Bar via clássico
do hard bop, resplandecendo um rápido
ciclo de solos. “Susan’s Dream” é uma ode etérea para a esposa
de Moreno com vibração calorosa e impressionista, enriquecida por excelente
trabalho da entonação do baixo de Okegwo.
Há uma canção chamada “Erroll Garner”, específicos disparos
do guitarrista Miles Okazaki (“M.O.”) e o pianista Ketil Bjørnstad (“Pueblo De
Lagrimas”) e, em duas diferentes tomadas de “El Rey”, homenagem a Elvin Jones e
sua esposa e administradora, Keiko. Jones (cujo nome do meio era Ray) foi uma espécie
de figura de pai, que deu a Moreno sua primeira bateria aos 10 anos, então
ensinou-o por sete anos. Você ouve Jones ao longo de todo “Short Stories”, no
caminho Moreno dramatiza a tensão-e-lançamento de frases musicais repetidas e
acompanhamentos improvisados com seu baixo uso de batidas e tambores e seus
altos crescendo nos pratos. O jazz mainstream
está em boas mãos.
Faixas: CD1: Foxy Trot; Little One; The West’s Best; Erroll
Garner; 55 Scotch; Susan’s Dream; No Blues to You; C Jam Blues. CD2: Three for
D’reen; Oh Henry; Grovelling; El Rey; M.O. Pueblo De Lagrimas; El Rey #2.
Músicos: Jean-Michel Pilc: piano; Ugonna Okegwo: baixo; Tony
Moreno: bateria; Marc Mommaas: saxofone tenor; Ron Horton: trompete.
Para conhecer um pouco deste trabalho, assistam ao vídeo
abaixo:
Fonte: Britt Robson (JazzTimes)
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