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sexta-feira, 9 de março de 2018

YELLOWJACKETS – COHEARENCE



Mais de três décadas dentro de uma carreira artisticamente fértil, a banda originada do Robben Ford Group continua arrebatando ouvidos com seu simpático jazz-funk híbrido, usando composições sofisticadas como trampolim para improvisações frequentemente marcantes. O som dos Yellowjackets, de fato, é envolvente devido em parte a numerosas mudanças na formação ao longo dos anos. A mais recente foi a chegada do virtuoso do baixo-guitarra, o australiano Dane Alderson, para substituir aquele que ficou por pouco tempo, Felix Pastorius, que tocou só no bem recebido “A Rise in the Road” de 2013. Porém, sim, como o título sugere, a banda tem desenvolvido um som que é instantaneamente identificável, devido, indubitavelmente, ao papel do tecladista e cofundador Russell Ferrante como diretor musical.

Porém, familiar não significa previsível, para “Cohearence”, gravado cheio de energia durante um curto período de dois dias em estúdio após o material ter sido testado na estrada por cinco meses, é satisfatoriamente variado. O repertório é composto por 10 músicas, onde estão inclusas várias faixas que apontam para influências musicais. “Guarded Optimism” do saxofonista Bob Mintzer oferece uma linha do tenor em rápido turbilhão, o balanço dos passos em sobe e desce do baixo e vigorosas batidas dos teclados em alusão ao Weather Report, enquanto a peça de Ferrante/Felix Pastorius, “Trane Changing”, pintada pelo contraponto do clarinete baixo de Mintzer, é construída na reharmonizada “Giant Steps”. “Eddie’s in the House” de Ferrante, com suas poucas amarras, balanço funkeado e liderança arenosa do tenor acena para o soul-jazz de Eddie Harris.

Outras cores musicais brilham aqui, também, incluindo “Golden State” de Ferrante, com seus ritmos pulsantes e vibração urgente inspirada pelas impressões de Interstate 5 da Califórnia. Sua relativamente relaxada “Anticipation” está embebida com traços delicados do folclore americano, e assim, naturalmente o arranjo de Mintzer para “Shenandoah”. E o encerramento, “Coherence” de Ferrante é uma peça de câmara infundida com toques clássicos. Faz este modelo do Yellowjackets este ano representar um novo começo dentro do jogo? Porque não?

     Faixas

1 Golden State 6:03      
2 Guarded Optimism 6:28           
3 Anticipation 5:53         
4 Inevitable Outcome 5:42         
5 Trane Changing 5:10  
6 Eddie's in the House   5:40      
7 Fran's Scene 5:48        
8 Child's Play 5:50          
9 Shenandoah 5:27        
10 Cohearance 7:43

Fonte: Philip Booth (JazzTimes)

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