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domingo, 29 de abril de 2018

MIGUEL ZENÓN – TIPICO (Miel Music)


A raridade fotográfica da capa em “Tipico”, de músicos portorriquenhos, deve levar alguém a considerar que esta é a continuação das adaptações para o jazz do saxofonista alto Miguel Zenón , revolvendo sua herança cultural e sua terra natal. Porém, este não é o caso. Neste lançamento, a pedra de afiar está em seus companheiros de banda, e a música está centrada em qual componente contribui para o grupo e para a sonoridade.

Seu quarteto, existente além de uma década, agora está composto pelo pianista Luis Perdomo, pelo baixista Hans Glawischnig e Henry Cole na bateria. Em uma era onde grupos dificilmente permanecem juntos, este é em si mesmo uma façanha marcante, e define a excepcional coesividade. Quando não está gravando ou excursionando, Zenón está ensinando no New England Conservatory, e "Academia", foi inspirada por estudantes avançados que ele recrutou para tarefas musicais avançadas.

O pianista e compositor argentino Guillermo Klein, tem sido um colaborador frequente, um companheiro de banda em “Los Gauchos”, e bom amigo de Zenón, assim a complexidade sofisticada de "Cantor", é dedicada a ele, e sua habilidade para injetar nuances pessoais em suas composições. A canção inicia com uma misteriosa configuração de tango conforme Perdomo oferece um brilhante caminho para o estabelecimento da espiralada conclusão de Zenón. Em consonância com sua exploração nas origens folclóricas da música latina, "Ciclo", orbita em torno de fundações primordiais da melodia e ritmo e "Tipico", explora mais profundamente as cadências harmônicas com distinções típicas da música do Caribe e América Latina. A faixa título incorpora uma miríade de influências do montuno no piano, para danzas, sons e boleros, todos apresentados com bravura improvisada. 
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A flutuante e lírica "Sangre De Mi Sangre" é dedicada à filha de Zenón, e apresenta estonteante trabalho de baixo por parte de Glawischnig, que retrata as músicas com freqüente toque fino. Ele é homenageado em "Corteza", composta em torno do solo de baixo da canção "Calle Calma", selecionada de “Esta Plena” gravada em 2009. Cada membro da banda tem seu turno para brilhar, o piano de Perdomo lidera a orientada pelo free jazz "Entre Las Raices", que apresenta um secreto lado de avant-garde do pianista. Cole tem sido o baterista favorito de Zenón ,pelo que parece ser eterno, e seu lançamento “Roots Before Branches” faz um aceno de apreciação com "Las Ramas". Cole tem um técnica exclusiva no toque da bateria que estabelece a direção das canções, Zenón tece seu sax inato em torno das intricadas síncopes, assim como eles seguem o estilo.

Nesta gravação, Zenón optou por manter a música centrada ao redor e interpretada estritamente como um quarteto. Este seu jeito de apreciar os talentos dos seus colegas e lealdade, à luz das dificuldades em manter a banda junta. Nas palavras de Zenón : "A música nesta gravação é inspirada pela linguagem musical desenvolvida juntas ao longo do tempo. Eu compus o que eu senti  o que representa uma banda para nós e exibi as coisas que fazemos bem. Em adição, um pouco das peças foram puxadas de ideias musicais ,que vieram dos meus companheiros. Eu transcrevi o que eu senti , que são algumas das mais reconhecíveis e características frases, usando estas como um manancial  na abordagem de algumas destas composições".

Faixas: Academia; Cantor; Ciclo; Tipico; Sangre De Mi Sangre; Corteza; Entre LasRaices; Las Ramas.

Músicas: Miguel Zenón: saxofone alto; Henry Cole: bateria; LuisPerdomo: piano; Hans Glawischnig: baixo.

Para conhecer um pouco deste trabalho, assistam ao vídeo abaixo:


Fonte: James Nadal (AllAboutJazz)

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