
Também, observando a banda isoladamente, há um repertório
intrigante. Delineado por Rudolph, a renovada e incessantemente investigação do
percussionista/orquestrador, as 13 composições aqui revelam o seu duradouro
envolvimento com a música universal, ao lado de ecos de influências
significantes: Ornette Coleman, Sun Ra, dentre outros. Privilegiadas, as notas
para o disco de Rudolph transitam entre o instrutivo e o inescrutável (“A orquestra
orbita em uma espécie de toque improvisado que nós chamamos VOCUM-Virtuosity of the Collective Us’M.
Indefinidos períodos ternários aparecem e entram em torvelinho”). Porém, as
performances, para todos seus curiosos episódios, parecem, enfim, uma peça com
improvisações e intercâmbios que fluem ao longo do trabalho.
Desnecessário dizer, a instrumentação, que inclui todos os
usos dos efeitos, faz por configuração ressonantes e passagens dinâmicas. Os
destaques do álbum, entretanto, quase sempre apresentam inspirados emparelhamento.
Principais exemplos incluem a inflexão de blues em “Lambent”, que
primorosamente exibe Cline e Gilmore; a ode semiacústica “Sol Sistere”, que
emparelha Cappelli e Okazaki e a excursão hipnótica “Solar Boat” copilotada por
Abbasi and Harrison.
Faixas: Sun Salutation; Nommo; Solar Boat; Galactic Drift;
Flame and Moth; Lambent; Sol Sistere; Specular; Scintillant; Plane of the
Ecliptic; Refracted; Heliotropic; Turning Towards The Light.
Músicos: Rez Abbasi: guitarra elétrica e efeitos; Nels
Cline: guitarra elétrica e efeitos; Liberty Ellman: guitarra elétrica e
efeitos; David Gilmore: guitarra elétrica e efeitos; Miles Okazaki: guitarra
elétrica e efeitos; Marvin Sewell: guitarra elétrica e efeitos; Damon Banks:
guitarra baixo; Marco Capelli: violão e efeitos; Jerome Harris: baixo elétrico
e guitarras lap steel; Joel Harrison:
guitarras elétricas e national steel;
Kenny Wessel: guitarra elétrica e banjo.
Para conhecer um pouco deste trabalho, assistam ao vídeo
abaixo:
Fonte: Mike Joyce (JazzTimes)
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