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sexta-feira, 29 de junho de 2018

ERROLL GARNER – READY TAKE ONE (Legacy Recordings)


Repousando em acetato por aproximadamente 50 anos, este conjunto de gravações, não lançadas anteriormente, de Erroll Garner é uma espécie de Concert by the Studio, se você desejar, com comentário interposto. Metade do material vem do estúdio de Chicago referente a Novembro de 1967, com o restante vindo de Nova York relativo a Outubro de 1969 e de uma sessão em trio de 1971, mais uma errante de Paris na primavera de 1969. Estamos falando, assim de um período passado de Garner, quando alguém tinha imaginado que ele tinha refreado a inovação e estava satisfeito no circuito das excursões, uma noção que este trabalho rapidamente abandona. Amiga e produtora, a voz da amiga Martha Glaser é ouvida ao longo do trabalho, e o gracejo corrente é que Garner e seus companheiros de banda -Jimmy Smith ou Joe Cocuzzo na bateria, Ernest McCarty Jr., Ike Isaacs, George Duvivier ou Larry Gales no baixo-raramente necessitam mais de uma tomada para um número.  

Pouco surpreende a inclinação deles pelo fervor, e , por mais que erros ocorram, tende a ser um conjunto de músicos superexcitados com óbvio bom humor no ar. A abertura de “High Wire” de Dezembro de 1971, é uma composição de Garner, apresentando uma calma e bem configurada introdução que é o modelo de desenho musical, linhas e ângulos todos claros. Nós esperamos algo imponente para seguir, e em vez da canção com som explosivo dentro de uma provocante figura como rumba, com Garner tocando modelos impossivelmente virtuosos que permutam uma configuração para outra e cascata do topo para a parte mais baixa da canção.  Há um efeito tipo esquema de Art Tatum, mas a música nunca se sente resolutamente jazzística como faz Tatum. Talvez fragmento de proto-funk que é detectável, mas Garner tem uma maneira de ser jazzística, mas não de todo, com sua própria miscelânea. 

“I Want to Be Happy” de seis meses antes, é uma animação contra a melancolia, com Glaser incapaz de refrear chegando a intercomunicação na básica e aclamadora “More! ”, após sua conclusão. Uma reinterpretação de Dezembro de 1971 de “Caravan” de Duke Ellington tem alguns maravilhosos balanços de Smith em seu instrumento e uma serpenteante ponte no meio da canção, que encontra Garner no modo de Monk, sondando dentro de uma minimalista nota simples em um painel sonoro. Não é o Erroll que esperamos.

Em Novembro de 1967 tomam “Sunny” de Bobby Hebb e a levam mais longe do que o pop, é adequado para o bem conhecido sucesso, mas blueseiro e melancólico. A composição de Garner, “Back to You”, a partir do dia seguinte, é um sonho magnífico de blues expandido e impactante como ondas batidas, muito mais como a composição de Garner, de 1944, “Gaslight”. Esta é a revelação entalhada do trabalho, mas não contempla do alto o brilho das reinterpretações. “I’m Confessin’ (That I Love You) ” longamente associada com Fats Waller, um dos pontos de destaque do trabalho de 1967, é completa delicadeza envergonhada. Então há a própria de Garner, “Misty”, de Maio de 1969 em Paris, com mais uma versão renovada. Há mais ebuliência nesta versão, que ficou mais famosa, uma alegria nascente, uma representação, sabendo que você nunca necessita repetir, o que já tem sido feito, quando você está livre para começar outra vez.

Faixas: High Wire; I Want To Be Happy; I'm Confessin' (That I Love You); Sunny; Wild Music; Caravan; Back to You; Night And Day; Chase Me; Satin Doll; Latin Digs; Stella By Starlight; Down Wylie Avenue; Misty.

Músicos: Erroll Garner: piano; Jimmie Smith: bateria (1-8, 10-14); Ernest McCarty: baixo: (1, 2, 5, 6, 11); Ike Isaac: baixo (3, 4,7, 8, 10, 12, 13); George Duvivier: baixo (9); Larry Gales: baixo (14); Jose Magual: conga.

Fonte: Colin Fleming (JazzTimes)

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