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domingo, 10 de junho de 2018

JOEY ALEXANDER – COUNTDOWN (Motema Music)


Como a maioria das categorizações fáceis, “garoto prodígio “ usualmente termina sendo a morte em vez de significar a exploração do objeto à mão. No caso de Joey Alexander, é um desserviço precisamente porque é bastante restritivo: se ele prova alguma coisa no segundo álbum, é que ele não estará confinado.

Completamente ao contrário, aos treze anos de idade o pianista e compositor desafia a si mesmo em múltiplas frentes em “Countdown”. Ele não só escolhe tocar com outros músicos, incluindo o baixista Larry Grenadier (Pat Metheny, Brad Mehldau) e o saxofonista Chris Potter (Dave Douglas, Dave Holland), por meio disto permitindo assimilar a técnica, mas ele também assume o risco do envolvimento deles em uma extensa correria em "Maiden Voyage" de Herbie Hancock e suas detalhadas explorações que a melodia e ritmo revelam porque é uma composição tão durável e porque a tríade é bastante simpática.

A escolha da famosa canção também representa a coragem que Alexander apresenta em sua seleção do material a ser reinterpretado, justapostos a evocativas composições inéditas como "Soul Dreamer". "Countdown" de John Coltrane é uma peça menos conhecida do grande instrumentista (sua "My Favorite Things" serviu como título para a estreia do artista), embora, em contraste, "Criss Cross" seja uma das mais famosas composições do pianista/compositor Thelonious Monk. Alexander e a da banda abordam esses números com prazer e não pouca quantidade de abandono. 

De fato, os músicos deixam a autoconsciência para trás, para um profundo compromisso nestes números e em sua própria interpretação, uma ressonância combinada é tangível como a presença do áudio do produtor Jason Olaine, que a preserva igualmente vívida em detalhe e panorama.O sempre presente baterista Ulysses Owen Jr. passa rapidamente, mas os ritmos acentuam os vários trios, que ribombam e trovejam, especialmente quando eles estão seguindo na abertura do álbum, "City Lights" e a interação em "For Wee Folks" de Wynton Marsalis é rápida iluminação e ágil reinício.

Porém a velocidade não é apenas para seu próprio fim ou para instrumentistas exibir a forma de como tocam bem.  É indicativo não só da profundidade da inspiração que este precoce pianista/compositor apresenta, mas também com é contagiante em seu entusiasmo. O controle de Joey sobre as teclas empresta uma atmosfera mais leve em sua própria "Sunday Waltz", como injeta entonações mais profundas em "Chelsea Bridge" de Billy Strayhorn. Fundamentado no crescente vigor das noves faixas do CD “Countdown” (há uma faixa extra, "Freedom Jazz Dance" de Eddie Harris disponível via I-Tunes), a amplitude do sentimento é um reflexo direto do aprendizado de Alexander e o natural conhecimento de suas raízes.

Não surpreendentemente, entretanto, os momentos que ele causa a mais profunda impressão são aqueles dentro de "Smile” de Charlie Chaplin. Aqui o jovem evidencia uma profundidade emocional que vai além dos seus anos e nisto repousa a fonte da sua nascente.
Faixas: City Lights; Sunday Waltz; Countdown; Smile; Maiden Voyage; Criss Cross; Chelsea Bridge; For Wee Folks; Soul Dreamer.

Músicos: Joey Alexander: piano; Larry Grenadier: baixo (3-6, 8, 9); Dan Chmielinski: baixo (1,2,7); Ulysses Owens, Jr.: bateria; Chris Potter: saxofone soprano (5).

Para conhecer um pouco deste trabalho, assistam ao vídeo abaixo:


Fonte: Doug Collette (AllAboutJazz)

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