
Sua
energia, que, na maior parte, tem que lidar com sua monstruosa proficiência e
contagiante prazer em exibí-la, está manifesta em “Live in London”. Desta forma
estão as suas limitações. Na faixa de abertura, a inédita “From Within”, ele
surra e assalta o teclado com fúria maníaca. É o clássico Camilo: 11 minutos de
excessiva, bombástica, melodramática e climática extravagância. É uma
desenfreada demonstração, auto-indulgente, para prazer das plateias em seu
pacote de belos truques. A audiência no Queen Elizabeth Hall os adora.
Apresenta
enorme desembaraço técnico para tocar o piano neste firme, ágil e ornamentado
trabalho. Mesmo em suas completas inclinações, Camilo nunca parece cometer um
erro. Ele também nunca toca sentimentos mais profundos, que devem conduzir mais
ousadia, mas atua como se fossem movimentos de um ginasta olímpico.
Outra
inédita, “Island Bea”, baseada em um montuno
cubano, inicia com um acompanhamento improvisado com martelar básico
sincopado e a expande em um redemoinho. “Manteca” de Dizzy Gillespie é também
engenhosa, feroz e animada. Em cerca de 30 anos, Camilo tem girado com sucesso
para uma mistura de ritmos afro-caribenhos e texturas harmônicas de jazz dentro
de uma energia hilariante. Ele tem tido menos sucesso em atender as profundezas
espirituais, emocionais e imaginativas que fazem a música, arte.
Faixas:
From Within; The Frim Fram Sauce; A Place In Time; Island Beat; Sandra's Serenade;
Manteca; I Go tRhythm/Caravan/Sing Sing Sing.
Para conhecer um pouco deste trabalho assistam ao vídeo
abaixo:
Fonte: Thomas Conrad (JazzTimes)
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