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terça-feira, 26 de junho de 2018

ORAN ETKIN – WHAT´S NEW? REIMAGINING BENNY GOODMAN (Motema Music)


Mais de 75 anos removido da sua ruptura, o falecido Benny Goodman permanece o mais importante clarinetista na história do jazz, e um dos mais bem-sucedidos líderes de orquestra. Ainda hoje, a despeito daquele status folgazão, ele é frequentemente negligenciado, Oran Etkin aponta, um pouco, para remediar com este novo trabalho. É decididamente um caminho diferente, cujo lançamento anterior, “Gathering Light”, de 2014, influências exploradas da África, Ásia e da sua nativa Israel: Etkin, que toca clarinete, clarinete baixo e saxofone, expressam em suas notas para o disco uma longa afinidade com Goodman, que também era filho de imigrantes judeus.

A “reimaginação” do subtítulo é a chave aqui: Etkin o núcleo da sua banda - o pianista Sullivan Fortner, o vibrafonista Steve Nelson e Matt Wilson na bateria – não têm interesse em imitar os sons e a estética dos anos 30 e 40. A composição de Louis Prima, “Sing, Sing, Sing”,o modelo principal de Goodman, que encerra o álbum oficialmente (apesar de ser seguida no CD por uma não listada “Moonglow”), dura metade dos seus três minutos a mais, evitando o completo tema familiar. Fortner, Nelson e Etkin dispõem uma simples, quase clássica melodia e entalha outros finais antes dos incentivos dos toques de Wilson através das peculiaridades da música. “Where or When” de Rodgers e Hart, elegante, fluindo de forma fácil e sem bateria, e “Dinah” com seu ritmo fraturado, são mundos à parte de alguma coisa que Goodman deveria invocar, embora “King Porter Stomp” de Jelly Roll Morton, que se sentirá à vontade com o ajuntamento retrô com a sua alegria embasada no ragtime.

Em outras duas faixas, “Why Don’t You Do Right” e“After You’ve Gone”, cada uma apresentando o vocal da estrela em ascensão, Charenee Wade, são de polos opostos temperamentalmente: A primeira como sons de galope fortuitos, com pouco respeito pela convenção. A segunda é um padrão “brilho sob reduzido blues”. É uma questão apta sobre se Goodman também sentiria este arranjo. Porém, o tempo de uma hora chega ao final, Etkin e seu grupo cumpriram sua tarefa de utilizar Goodman como catalisador para redescoberta e visualização.

Faixas: Prelude; Dinah; Why Don't You Do Right; Running Wild; When Every Voice Shall Sing; What's New; Brink; King Porter Stomp; After You've Gone; Be Good Lady; Where Or When; Sing, Sing, Sing.

Músicos: Oran Etkin; clarinete, clarinete baixo, saxofone tenor; Sullivan Fortner: piano; Steve Nelson: vibrafone; Matt Wilson: bateria; Charenee Wade: vocal (3, 9).

Para conhecer um pouco deste trabalho, assistam ao vídeo abaixo:


Fonte: Jeff Tamarkin (JazzTimes)

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