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segunda-feira, 18 de junho de 2018

SEAMUS BLAKE / CHRIS CHEEK – LET´S CALL THE WHOLE THING OFF (Criss Cross Jazz)


Duas linhas de frente de saxofones tenor são tênues na base, mas há uma pequena tradição. Voltando no tempo, Eddie “Lockjaw” Davis/Johnny Griffin e Al Cohn/Zoot Sims têm boas sucessões de notas rápidas. Dos “Top 50 Tenor Sax Albums of All Time [Os Melhores Álbuns de Sax Tenor de Todos os Tempos” (de acordo a edição da JazzTimes de Junho de 2012), cinco foram as colaborações de dois tenores.

Seamus Blake e Chris Cheek são experimentados e originários no gênero, no qual ministram clínicas. Assim, neste segundo projeto juntos, eles exploram uma ampla faixa das possibilidades de dois tenores: embaraços melódicos e harmônicos, profundidade conversacional e ocasional competição frutífera.

Porém, se eles fazem uma clínica, teria campo para alegria. A faixa de abertura, a embaralhada canção dos Gershwins, inicia com inexpressiva, lenta e irônica solenidade. Então rápidos solos de Blake, Cheek, o pianista Ethan Iverson e o baixista Matt Penman distorcem a melodia com deslocamentos desvirtuados. “Limehouse Blues” é também divertida: 1922 a festa da música para lamento.

Blake e Cheek estão entre os mais demandados acompanhantes do jazz por causa das suas musicalidade e versatilidade. Como colíderes eles estão em controle completo de suas próprias criatividade. Eles gostam de beleza equilibrada mais do que destreza. “Lunar” de Cheek, vagamente relacionada a “Solar” de Miles Davis, é primeiro delineada, intermitentemente, por Iverson. Então, para esta misteriosa canção,Blake e Cheek oferecem resposta de gracioso e contorcido lirismo. Eles possuem clareza, entonações clássicas do tenor, Blake mais arredondado e nuançado e Cheek algo mais brilhante e anguloso.

 “Count Your Blessings” de Irving Berlin é outra escolha caprichosa, mas Blake e Cheek retratam sua emoção com profundidade e sinceridade reflexiva. Iverson e Penman também brilham nesta faixa. O dia a dia de Iverson era ao piano do Bad Plus, mas ele fez um trabalho extra como um audacioso, intuitivo acompanhante que sempre refina o que o cerca. Penman veio a ser, tranquilamente, um dos principais baixistas no jazz.

Faixas: Let's Call the Whole Thing Off; Choro Blanco; Lunar; La Canción Que Falta; Limehouse Blues; Surfboard; Count Your Blessings; A Little Evil.

Músicos: Seamus Blake: saxofone tenor; Chris Cheek: saxofone tenor; Ethan Iverson: piano; Matt Penman: baixo; Jochen Rueckert: bateria.

Fonte: Thomas Conrad (JazzTimes)

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