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sábado, 28 de julho de 2018

GARY SMULYAN QUARTET - ROYALTY AT LE DUC (Groovin' High/Sunnyside)


Gravado no clube de jazz de Paris Le Duc des Lombards durante a excursão de outono do saxofonista barítono Gary Smulyan em 2015 na Europa, este álbum altamente recomendado foi originalmente lançado no ultimo ano pelo selo Groovin’ High e com o benefício da distribuição nos Estados Unidos pela Sunnyside. Smulyan, que ganhou na categoria de saxofonista barítono pela lista dos críticos da DownBeat de 2016, fez um trabalho exemplar ancorado em seções de palheta de algumas big bands de alto nível do país. Porém, aqui, fãs podem ouvir o atual praticante máximo do sax barítono, estendendo-se ao longo de aventurosos solos de bebop e lamentações ternas sobre lentas progressões em uma sessão de quarteto que apresenta uma fina seção rítmica formada pelo pianista francês Olivier Hutman, pelo baixista italiano Michel Rosciglione e pelo baterista austríaco Bernd Reiter. Do seu primeiro solo na abertura em “Thedia” de Thad Jones, Smulyan vai direto ao ponto de demonstração do porque ele se considerou como um instrumentista de sax barítono ligado ao bebop desde Pepper Adams. Ele rompe através das mudanças com urgência e divertimento, sua voz robusta é comandada através de aproximadamente 13 minutos de travessura. O quarteto muda a engrenagem dramaticamente na faixa seguinte, a ominosamente bela “The Star-Crossed Lovers” de Billy Strayhorn. Smulyan simultaneamente sintoniza seus segredos com Johnny Hodges e Harry Carney, tal como ele escala as apaixonadas elevações e prescrutações das profundidades desesperadas de uma das mais desafiantes baladas do jazz, que arrebatam o coração. O espírito do bebop resume-se com “Cindy’s Tune” de Adams, que abre a porta com força, com toques solos bem desenvolvidos de Rosciglione e Hutman antes de Smulyan estabelecer um extenso passeio no grande cachimbo e manobrar para engajar-se em alguma galhofeira interação com Reiter. Um sentimento brilhante e suingante emerge em “Serenity” de Joe Henderson, que prolonga um lirismo inato de Smulyan, exibindo saborosa proficiência de Rosciglione, Human e Reiter. O quarteto aquece firme em “Elusive” de Jones, que revela seu lado romântico em David Raskin e na famosa balada cinematográfica de Johnny Mercer, “Laura”, e encerra o programa aplicando uma animadora interpretação em tempo médio do standard “Body And Soul”. A qualidade de áudio desta sessão ao vivo é marcante, graças ao trabalho do produtor suiço, Jacques Muyal. “Royalty At Le Duc” é um programa substantivo e divertido, uma bem meritória distribuição possibilitará o seu desfrute.   

    Faixas

1 Thedia 12:51
2 The Star-Crossed Lovers 8:46
3 Cindy’s Tune 11:59     
4 Serenity 11:17              
5 Elusive 13:15
6 Laura 7:15      
7 Body & Soul 12:12

Fonte: Ed Enright (DownBeat)

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