Gravado no
clube de jazz de Paris Le Duc des
Lombards durante a excursão de outono do saxofonista barítono Gary Smulyan
em 2015 na Europa, este álbum altamente recomendado foi originalmente lançado
no ultimo ano pelo selo Groovin’ High
e com o benefício da distribuição nos Estados Unidos pela Sunnyside. Smulyan, que ganhou na categoria de saxofonista barítono
pela lista dos críticos da DownBeat de 2016, fez um trabalho exemplar ancorado
em seções de palheta de algumas big bands
de alto nível do país. Porém, aqui, fãs podem ouvir o atual praticante máximo
do sax barítono, estendendo-se ao longo de aventurosos solos de bebop e lamentações
ternas sobre lentas progressões em uma sessão de quarteto que apresenta uma
fina seção rítmica formada pelo pianista francês Olivier Hutman, pelo baixista
italiano Michel Rosciglione e pelo baterista austríaco Bernd Reiter. Do seu
primeiro solo na abertura em “Thedia” de Thad Jones, Smulyan vai direto ao ponto
de demonstração do porque ele se considerou como um instrumentista de sax
barítono ligado ao bebop desde Pepper Adams. Ele rompe através das mudanças com
urgência e divertimento, sua voz robusta é comandada através de aproximadamente
13 minutos de travessura. O quarteto muda a engrenagem dramaticamente na faixa
seguinte, a ominosamente bela “The Star-Crossed Lovers” de Billy Strayhorn.
Smulyan simultaneamente sintoniza seus segredos com Johnny Hodges e Harry
Carney, tal como ele escala as apaixonadas elevações e prescrutações das
profundidades desesperadas de uma das mais desafiantes baladas do jazz, que
arrebatam o coração. O espírito do bebop resume-se com “Cindy’s Tune” de Adams,
que abre a porta com força, com toques solos bem desenvolvidos de Rosciglione e
Hutman antes de Smulyan estabelecer um extenso passeio no grande cachimbo e
manobrar para engajar-se em alguma galhofeira interação com Reiter. Um
sentimento brilhante e suingante emerge em “Serenity” de Joe Henderson, que
prolonga um lirismo inato de Smulyan, exibindo saborosa proficiência de Rosciglione,
Human e Reiter. O quarteto aquece firme em “Elusive” de Jones, que revela seu
lado romântico em David Raskin e na famosa balada cinematográfica de Johnny
Mercer, “Laura”, e encerra o programa aplicando uma animadora interpretação em
tempo médio do standard “Body And
Soul”. A qualidade de áudio desta sessão ao vivo é marcante, graças ao trabalho
do produtor suiço, Jacques Muyal. “Royalty At Le Duc” é um programa substantivo
e divertido, uma bem meritória distribuição possibilitará o seu desfrute.
Faixas
1 Thedia
12:51
2 The
Star-Crossed Lovers 8:46
3 Cindy’s
Tune 11:59
4 Serenity
11:17
5 Elusive
13:15
6 Laura 7:15
7 Body
& Soul 12:12
Fonte: Ed
Enright (DownBeat)
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