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quinta-feira, 16 de agosto de 2018

DAVE BENNETT – BLOOD MOON (Mack Avenue)


A estreia do clarinetista Dave Bennett na Mack Avenue foi em 2013 com “Don’t Be That Way” (NT: Resenhado neste blog em 09/06/2015), exibiu um artista com capacidade de enfrentar e atualizar música associada a Benny Goodman, Artie Shaw, Woody Herman e Pete Fountain. Em essência, posicionou-o como como um próximo “rei” de uma nova geração do suingue com uma propensão para realizar divertidos passeios. Esta sequência, embora retenha aquela imagem e ideal em locais selecionados, é uma estória moderada.

Cinco das 11 faixas do álbum, são inéditas compostas por Bennett, em parceria com o pianista Shelly Berger, e a maioria presente com seu lirismo abrandado. Metade das reinterpretações, que compõe a tomada do balanço em linha com estes suaves números, favorece a estética      reflexiva do artista. O tríptico introdutório —“Blood Moon”, “A Long Goodbye” e “Falling Sky”—tipifica o recém-descoberto anseio de Bennett, como faz as apropriadamente serenas tomadas de “Hallelujah”  de Leonard Cohen e “Wichita Lineman” de Jimmy Webb, que , imediatamente, seguem.

Não é, até o ponto central -  um passeio amigável pelo swing através de “ (Back Home Again In) Indiana”— que o velho Bennett aparece para tocar. A partir deste ponto ele diversifica seu portfólio. O esquema de Goodman, “13 Fingers” e a pantanosa “Down in Honky Tonk Town” providenciam um muito emergente duplo disparo de excitamento, enquanto tranquilamente se diferencia deles mesmos; uma polida tomada de “The Good, the Bad and the Ugly” despe-se completamente das bordas afiadas no som do spaghetti-western de Ennio Morricone e uma relativamente direta “In My Life” honra a verdade e a sinceridade endêmica da parceria entre Lennon-McCartney. Então o álbum chega ao seu final com a chegada ao círculo completo em “Heavy Heart”, uma beleza pesarosa, enfatizando a pureza da entonação e do espírito de Bennett. “Blood Moon” não apaga a luz, que previamente emanou de Bennett, mas certamente convida sombras mais escuras e matizes mais profundos do pensamento sobre seus planos.

     
Faixas

1 Blood Moon (Dave Bennett / Shelly Berger) 5:00
2 A Long Goodbye (Dave Bennett / Shelly Berger) 5:37
3 Falling Sky (Dave Bennett / Shelly Berger) 4:38
4 Hallelujah (Leonard Cohen) 5:01
5 Wichita Lineman (Jimmy Webb) 5:46
6 (Back Home Again In) Indiana (James F. Hanley / Ballard MacDonald / Tradicional) 3:55
7 13 Fingers (Dave Bennett / Shelly Berger) 3:17
8 Down in Honky Tonk Town (Charles R. McCarron / Chris Smith) 5:28
9 The Good the Bad and the Ugly (Ennio Morricone) 4:24
10 In My Life (John Lennon / Paul McCartney) 4:18
11 Heavy Heart (Dave Bennett / Shelly Berger) 3:38

Para conhecer um pouco deste trabalho, assistam ao vídeo abaixo:


Fonte: Dan Bilawsky (JazzTimes)

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