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domingo, 19 de agosto de 2018

ERIC ALEXANDER – SONG OF NO REGRETS (HighNote Records)


Eric Alexander, que tem sido reconhecido como um impressionante saxofonista tenor em cena a mais de duas décadas, retorna ao estúdio para algo que parece que já aconteceu mais de uma vez com um abundante suprimento de francos prazeres em “Song of No Regrets”, uma sessão essencialmente com balanço latino nos primeiros dois números para o superlativo trabalho de trompete do artista convidado, Jon Faddis.

Uma das forças de Alexander, e talvez a mesma que talvez provoque, consistentemente, o fato dele ser depreciado quando se fala dos mestres do tenor contemporâneos, é que ele faz todas as coisas parecerem improvavelmente fácil. A técnica e a influência são tamanhas, que não há nada, literalmente, que Alexander não possa fazer em seu instrumento. Baladas? Ninguém as toca com mais ternura e discernimento. Incendiárias? Nenhum tempo é tão rápido para ultrapassar sua destreza nos dedos. Para os solos, estão modelos de percepção e gosto de Alexander. Oh, e ele também compõe ("Grinder" "Corazón Perdido", "Boom Zoom"), arranja e até toca órgão em "These Three Words" de Stevie Wonder.

Mesmo com Faddis emprestando uma mão à la Diz (a abertura surdinada de "But Here's the Thing" do pianista David Hazeltine e a abertura em "Three Words"), Alexander não deixa dúvida que está no ataque explosivo, solando com seu costumeiro vigor, percepção e enquanto acompanha a si com empáticas frases no órgão em "Three Words". Animados ritmos latinos são predominantes em "Grinder", "Mas Que Nada" e "Boom Zoom" em uma estrutura que é enriquecida pelos esplêndidos talentos do percussionista Alex Diaz. "Song of No Regrets" de Sérgio Mendes, uma balada emocionante, exibe o lado terno de Alexander, então retorna ao suingue usual e passa para a dançante "Cede's Shack" do baterista Joe Farnsworth e o clássico de Jimmy Webb, "Up, Up and Away", apresentado pelo Fifth Dimension em 1967 (e nunca sou melhor, mesmo sem Marilyn McCoo à bordo).

Como sempre, Alexander proporciona uma ampla zona de conforto para seus antigos colegas e amigos Hazeltine, Farnsworth e o baixista John Webber, e como sempre, ele faz a maior parte das coisas. Na incessante aposta entre a tradicional sessão com pequeno grupo, “Song of No Regrets” é um claro e decisivo vencedor.

Faixas: But Here’s the Thing; These Three Words; Grinder; Mas Que Nada; Boom Zoom; Song of No Regrets; Cede’s Shack; Up, Up and Away.

Músicos: Eric Alexander: tenor saxofone, órgão (2); Jon Faddis: trompete (1, 2); David Hazeltine: piano; John Webber: baixo; Joe Farnsworth: bateria; Alex Diaz: conga, bongôs, percussão auxiliar.

Fonte: Jack Bowers (AllAboutJazz)

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