Eric Alexander, que tem sido reconhecido como um
impressionante saxofonista tenor em cena a mais de duas décadas, retorna ao estúdio
para algo que parece que já aconteceu mais de uma vez com um abundante
suprimento de francos prazeres em “Song of No Regrets”, uma sessão
essencialmente com balanço latino nos primeiros dois números para o superlativo
trabalho de trompete do artista convidado, Jon Faddis.
Uma das forças de Alexander, e talvez a mesma que talvez
provoque, consistentemente, o fato dele ser depreciado quando se fala dos
mestres do tenor contemporâneos, é que ele faz todas as coisas parecerem
improvavelmente fácil. A técnica e a influência são tamanhas, que não há nada,
literalmente, que Alexander não possa fazer em seu instrumento. Baladas? Ninguém
as toca com mais ternura e discernimento. Incendiárias? Nenhum tempo é tão
rápido para ultrapassar sua destreza nos dedos. Para os solos, estão modelos de
percepção e gosto de Alexander. Oh, e ele também compõe ("Grinder"
"Corazón Perdido", "Boom Zoom"), arranja e até toca órgão
em "These Three Words" de Stevie Wonder.
Mesmo com Faddis emprestando uma mão à la Diz (a abertura
surdinada de "But Here's the Thing" do pianista David Hazeltine e a
abertura em "Three Words"), Alexander não deixa dúvida que está no
ataque explosivo, solando com seu costumeiro vigor, percepção e enquanto
acompanha a si com empáticas frases no órgão em "Three Words". Animados
ritmos latinos são predominantes em "Grinder", "Mas Que
Nada" e "Boom Zoom" em uma estrutura que é enriquecida pelos
esplêndidos talentos do percussionista Alex Diaz. "Song of No
Regrets" de Sérgio Mendes, uma balada emocionante, exibe o lado terno de Alexander,
então retorna ao suingue usual e passa para a dançante "Cede's Shack"
do baterista Joe Farnsworth e o clássico de Jimmy Webb, "Up, Up and
Away", apresentado pelo Fifth
Dimension em 1967 (e nunca sou melhor, mesmo sem Marilyn McCoo à bordo).
Como sempre, Alexander proporciona uma ampla zona de
conforto para seus antigos colegas e amigos Hazeltine, Farnsworth e o baixista
John Webber, e como sempre, ele faz a maior parte das coisas. Na incessante
aposta entre a tradicional sessão com pequeno grupo, “Song of No Regrets” é um
claro e decisivo vencedor.
Faixas: But Here’s the Thing; These Three Words; Grinder;
Mas Que Nada; Boom Zoom; Song of No Regrets; Cede’s Shack; Up, Up and Away.
Músicos: Eric Alexander: tenor saxofone, órgão (2); Jon
Faddis: trompete (1, 2); David Hazeltine: piano; John Webber: baixo; Joe
Farnsworth: bateria; Alex Diaz: conga, bongôs, percussão auxiliar.
Fonte: Jack Bowers (AllAboutJazz)
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