
A presença de Nelson é fundamental: Com a notável exceção de
seu álbum subestimado de 1973, “In Pursuit of the 27th Man”, Silver nunca
apresentou vibrafone. Em complemento à cintilante adição, está a dimensão
firmemente suingante desta seleção, onde Nelson compartilha o foco com o pianista
David Bryant—e suporta bem a pressão. Há dois artistas em ascensão na banda, além
de Bryant, o outro é o trompetista Josh
Evans com sua pungente entonação, e Bryant traz um suavizado estado emotivo aos
procedimentos. O vigoroso saxofonista tenor Abraham Burton e o baixista (e coprodutor
com Don Was) Dezron Douglas complementam o grupo.
Tão relaxada quanto a música se apresenta—“Strollin’” e
“Summer in Central Park” são lições adoráveis de como sustentar a intensidade
sob um modo de voz—Hayes ainda tem plena energia para incendiar. Ele é uma casa
de força em “Hastings Street”, uma inédita dedicada à sua cidade natal , Detroit.
Porém, sua grandeza deve mais a seu notável sentimento de tempo e habilidade
para conduzir uma melodia. O único passo falso aqui é “Song for My Father”. O
vocalista convidado Gregory Porter está afinado, descontraído, em sua letra banal,
embora sentida, corrompe uma das mais adoráveis canções de Silver.
Faixas: (Todas as canções são de Horace Silver, exceto aonde
foi registrado) Ecaroh; Señor Blues; Song for My Father (Gregory Porter,
vocal); Hastings Street (Hayes); Strollin’; Juicy Lucy; Silver’s Serenade;
Lonely Woman; Summer in Central Park; St. Vitus Dance; Room 608.
Músicos: Louis Hayes: bateria e líder; Abraham Burton:
saxofone tenor; Josh Evans: trompete; Steve Nelson: vibrafone; David Bryant:
piano; Dezron Douglas: baixo. (Gregory Porter, vocalista, em Song for My
Father”).
Fonte: Lloyd Sachs (JazzTimes)
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