Gravado ao vivo em Chicago e apresentado em 2015, em conjunção
com a celebração do 50º da AACM, “Mandorla Awakening II” é uma resplandecente
lembrança do porque o ethos da
organização permanece assim inestimável. É ambicioso, intrépido, desafiador de
gêneros e sabedoria convencional e amplamente dinâmico. Sua habilidade para ser
sideral-etérea e o fundamental folk
em sua sensibilidade—às vezes dentro da mesma entonação— realiza um espírito
familiarizado com o essencial ”Live in Paris”, de 1969, do Art Ensemble of
Chicago.
Nicole Mitchell foi presidente da AACM de 2009 a 2010, antes
de assumir um cargo de professora na University
of California, Irvine, em 2011. Ela
é indubitavelmente uma flautista, que está no topo no campo do jazz, e não
menos que 4 das 10 músicas aqui são justas vitrines para ela, às vezes, emocionar
em sequência com Kojiro Umezaki no shakuhachi,
uma tradicional flauta de bambu japonesa. Não há outros instrumentos de sopro
entre os outros seis membros da Black
Earth Ensemble de Mitchell, mas a energia é plena de vigor.
“Mandorla Awakening II” é a segunda performance ao vivo para
exibir uma novela de ficção científica de Mitchell do mesmo nome (a primeira,
um trabalho diferente com pessoas diferentes, ocorreu em Los Angeles em 2013 e
ainda não foi lançada). A sinopse reducionista é que a
novela é sobre a interpenetração entre a distopia e a utopia. Para as cabeças
jazzistas, a trama importa menos que a inspiração: “Egoes War” deve ser
distópica, mas a imensa força trazida pela guitarra de Alex Wing e o redemoinho
de cordas e efeitos é assombrosamente desfrutável. Ao longo do trabalho de 74
minutos, os arranjos de Mitchell contrabalançam solos atrativos com
instrumentação picante, após Mitchell e Umezaki cabriolar como borboletas para
iniciar “Dance of Many Hands”, estrondosa bateria taiko de Tatsu Aoki, indicadora de uma transição realmente
resolvida pelo solo brilhante do cello de Tomeka Reid. Próximo do final da performance,
a vocalista incendeia através de um testemunho de uma canção gospel em
“Staircase Struggle”. Uma distinção mais resignada revivida em “Shiny Divider”,
que inicia com um blues de câmara com cordas enriquecidas, que os vocais
ardentes ajudam a afetar uma sinuosa revista Bollywood-to-Broadway no gospel e através do fusion-funk.
“Mandorla Awakening II” é um trabalho amplo, cujo alcance
ocasionalmente supera seu alcance. Porém, Mitchell cria bastante momentos
profundos para suprimir minúcias sobre fracos tons menores.
Faixas: Egoes War; Sub Mission; The Chalice; Dance of Many
Hands; Listening Embrace; Forest Walk Timewalk; Staircase Struggle; Shiny
Divider; Mandorla Island; Timewrap.
Músicos: Nicole Mitchell: flauta, eletrônica; avery r young: vocal; Kojiro Umezaki:
shakuhachi; Renee Baker: violino; Tomeka Reid: cello, banjo; Alex Wing: guitarra,
oud, theremin; Tatsu Aoki: baixo, shamisen, taiko; Jovia Armstrong: percussão.
Fonte: Britt Robson (JazzTimes)
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