Não deixe a faixa de abertura deixar você tolo. O espaçoso
solo meditativo do piano de Russ Lossing, incongruentemente intitulado “Giggles”,
não prepara você para o que segue. Esta seria “Not Sure”, inicialmente dentro
do esquema Mahavishnu na sua
velocidade e intensidade, uma breve e significativa visita na terra de Ornette,
a próxima aventura dentro de profundo espaço, então um solene neoclassicismo e
finalmente completo impacto, refletindo um baque metálico bombástico.
Vocês estão só com duas faixas neste ponto, e “Inroads” não
estabelece qualquer aventureirismo ou mais previsibilidade com seu
desdobramento. Há uma interação serelepe, caos livre, curiosidade errante,
assalto guinchante, fútil picada e embalo, “Giggles II”, que, como sua
contraparte inicial, está varrendo e é etérea, mas não menos um pouco alegre.
Tudo isto é feito por um quarteto, cujo líder, residente em Vancouver,
Gordon Grdina toca guitarra e oud, sem trasto, instrumento de 11 cordas associado
ao Oriente Médio. Grdina, que reivindica influências do clássico ao rock e de
várias escolas de jazz (sua estreia apresentou Gary Peacock e Paul Motian), é
sobre convenção desviante, e ele o faz ao longo de “Inroads”, adicionado na
busca por Lossing no Fender Rhodes e piano, o baterista Satoshi Takeishi e Oscar
Noriega, cujo saxofone alto e clarinetes abastecem a gravação com mais cores. É
ele que faz duetos com Grdina na tranquila “Semantics”, dando aos outros uma
pausa, e na ironicamente intitulada “Kite Flight” como seu desafiante assalto e
provocação.
“Inroads” está no seu melhor, embora, quando os seus quatro
componentes estejam aquecendo. “Apocalympics” é o que você esperaria de uma
canção com este título, uma apresentação estimulante com força e elegância, e “P.B.S.”
nunca está completamente segura o que quer ser, mas está em boa forma.
Faixas
1 Giggles 4:03
2 Not Sure 11:38
3 P.B.S. 8:10
4 Semantics 2:30
5 Fragments 9:34
6 Casper 5:45
7 Kite Flight 1:57
8 Apocalympics 9:37
9 Giggles II 4:23
Fonte: Jeff Tamarkin (JazzTimes)
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